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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Fiesp critica “falta de sensibilidade” ao propor aumento do INSS

19/03/2004 15h11 – Atualizado em 19/03/2004 15h11

O setor industrial não aceitou bem a proposta proposta do governo de aumentar a alíquota da contribuição previdenciária de trabalhadores e empresas para pagar a correção de aposentadorias. Para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a idéia de elevar a alíquota do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) exemplifica a falta de “sensibilidade e bom senso” do governo.

“É um absurdo. Esta proposta é inimaginável. O governo não está tendo o bom senso e a sensibilidade de perceber que a sociedade não admite mais aumento de carga tributária”, disse Roberto Faldini, diretor do Departamento de Economia da Fiesp.

A proposta prevê o aumento de três pontos da alíquota da contribuição do INSS dos trabalhadores e empresários pelo prazo de cinco anos. A arrecadação extra seria usada para pagar a dívida do governo de R$ 12,3 bilhões com 1,88 milhão de aposentados.

Segundo Faldini, a proposta penaliza o setor produtivo e o trabalhador, que terá menos renda disponível para o consumo. “Nem empresários nem trabalhadores agüentam mais pagar tanto impostos. Essa proposta elevará o custo do emprego formal e reduzirá a renda do trabalhador.”

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse que a proposta vai aumentar o desemprego e a informalidade.

“É um péssimo sinal que se coloca num momento em que o país precisa cumprir uma agenda positiva, que garanta o crescimento e a criação de empregos. É um sinal invertido”, afirmou.

Mais fiscalização

Faldini disse que não é contra o pagamento dos aposentados. “Só que a fonte dos recursos tem de ser outra. Defendo uma melhor administração e fiscalização no INSS.”

Além disso, o diretor da Fiesp afirmou que o governo precisa ter “coragem para encarar um encontro de contas”.

“Vamos bater todas as contas do INSS e apurar os desperdícios. Vamos reduzir os gastos públicos. O que não dá é para pagar a dívida do governo penalizando o setor produtivo e os trabalhadores.”

Fonte:BOL

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