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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Windows XP ajuda Europa em caso contra Microsoft

20/03/2004 08h00 – Atualizado em 20/03/2004 08h00

Um sistema operacional projetado pela Microsoft para operar equipamentos simples como caixas registradoras e máquinas caça-níqueis terminou por desempenhar papel importante no histórico processo antitruste da União Européia que vai condenar a empresa por abuso de monopólio.

A Comissão Européia deve multar a Microsoft em centenas de milhões de euros na semana que vem, e ordenar que a empresa ofereça uma versão de seu onipresente sistema operacional Windows desprovida do software de mídia Windows Media Player.

Se o comissário europeu da Competição, Mario Monti, conseguir forçar a Microsoft a reconfigurar versões futuras do sistema operacional que aciona mais de 95% dos computadores pessoais do mundo, algo que muitos observadores do setor ainda consideram improvável, um software da Microsoft conhecido como Windows XP Embedded pode ser a solução para isso.

A Comissão Européia alega que, ao integrar o Media Player ao sistema operacional, a Microsoft prejudica a competição em um mercado que cresce rapidamente. A Microsoft alega que remover o Windows Media Player limitará, ou impossibilitará, a execução de filmes e música em computadores pessoais. Por enquanto, a comissão não aceitou o argumento.

A RealNetworks, produtora do software concorrente RealPlayer, usou o XP Embedded para responder à alegação da Microsoft de que remover o Media Player prejudica o funcionamento do Windows. Em novembro, a RealNetworks demonstrou um computador acionado pelo Windows XP, e sem o Media Player, em audiência sigilosa com a Comissão Européia. O computador pareceu funcionar normalmente. Sua configuração incluía o Windows XP Embedded.

Esse software é vendido aos fabricantes de máquinas simples como caixas registradoras e caixas automáticos. A tecnologia permite que eles operem o hardware com uma versão simplificada do Windows XP, desprovida de recursos como o Outlook Express e o Media Player.

A RealNetworks demonstrou esta semana uma máquina desse tipo, com o RealPlayer instalado no lugar do Windows Media Player. A Microsoft diz que a demonstração é “enganosa”, e que remover o Media Player do sistema operacional é impossível sem alterar o código básico e danificar o sistema. “É uma questão de semântica” disse David Smith, analista do Gartner Research, e especialista em softwares da Microsoft.

“O que a Microsoft está alegando é que algumas coisas não vão funcionar da maneira como eles oferecem e vendem para os clientes. Isso é verdade. Mas não será um esforço enorme mudar o sistema”, disse Smith.

Fonte:MS Noticias

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