23/03/2004 09h02 – Atualizado em 23/03/2004 09h02
A Unidade do Frigorífico Marfrig na cidade de Bataguassu está construindo uma pista de pouso em sua propriedade. A pista terá mil e quatrocentos metros de comprimento por dezoito de largura e será toda pavimentada. A pista será de uso exclusivo da diretoria, no entanto aviões de pequeno porte particular também poderão pousar. As informações foram repassadas pelo engenheiro Lindalvo Faria Nunes. O engenheiro informou também que a pista será maior que a da cidade de Presidente Epitácio, no Estado de São Paulo, usada para pousos e decolagens de aeronaves, inclusive pelos diretores do Marfrig. A nova pista será construída dentro dos 31 hectares da Unidade e não terá, por enquanto, iluminação noturna. Além da pista, a empresa HL Empreiteira, da cidade de Campo Grande, deverá entregar a obra até o final de abril. Cerca de 30 homens trabalham para construção da pista.
PRODUÇÃO
A Unidade do Marfrig é um das que mais abate no Estado do Mato Grosso do Sul. São 900 cabeças/dia. São mais de 230 toneladas de carne produzidas diariamente. São mais de 1.001 cortes especiais para atender os mais de 30 países consumidores da carne exportada pelo Marfrig. São países de lista geral e mercado comum europeu, entre eles Irã, Israel e Egito. Inspetores religiosos estão fazendo acompanhamento interno e realizando o abate islâmico. São dez integrantes israelenses que estão na Unidade. O Marfrig de Bataguassu possui em seu quadro 1.030 funcionários, a maioria de Bataguassu. São mais de um milhão de reais injetados na economia da cidade diariamente.
DEFICIENTES
O Marfrig têm encontrado dificuldade em cumprir a Lei nº 8.213/91, que em seu artigo 93º determina que, a empresa com 100 ou mais empregados, está obrigada a preencher um percentual de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoas portadoras de deficiência.”O maior problema é que grande parte dos candidatos não está capacitada nem treinada adequadamente para exercer funções em fábricas e escritórios, frustrando a expectativa gerada por essa nova demanda, já que o mercado não oferece opções suficientes para tal formação”, afirmou Airton Guerra, Gerente Industrial da Unidade de Bataguassu, em entrevista a reportagem do Diário MS.
Para o gerente industrial, a flexibilização da lei deveria ser discutida e alguns pontos precisam ser reavaliados. “As empresas estão interessadas em contratar portadores de deficiência, mas estão encontrando barreiras na qualificação da mão-de-obra”, comentou. Das vagas colocadas à disposição dos portadores de deficiência, apenas uma pessoa compareceu para a vaga, mesmo assim, não foi contratado por se tratar de um cego e a empresa não estar ainda equipada com equipamentos em braile.
Ainda segundo Airton Guerra, as vagas continuam abertas e a espera de interessados, mesmo sendo de outras cidades do Estado.





