24/03/2004 08h35 – Atualizado em 24/03/2004 08h35
Durante a reunião da comissão de agricultura presidida pelo deputado Paulo Corrêa (PL), o secretário de estado de agricultura esclareceu as adequações e mudanças ocorridas pelo decreto legislativo nº11563 a respeito do prazo de comercialização de gado, que passa a ser reduzido. O deputado Paulo Corrêa sugeriu uma revisão do processo de arrecadação da taxa de R$170,00 para vistoria e fiscalização das condições e instalações para a realização de cada leilão (para que a taxa seja referente ao serviço diário e não de cada produtor inscrito), e sugere um levantamento das atuais condições de fiscalização, manutenção e estrutura de leilões na região do Pantanal, já que produtores da região pantaneira enfrentam muitas dificuldades.
O presidente da ACRISSUL, sr. Laucídio Coelho Neto, fez uso da palavra para agradecer a reunião e fez apelo para que seja viabilizado mais R$ 10 milhões para a Expogrande, a ser liberado em FCO e também a disponibilidade de, pelo menos um guichê para atendimento aos produtores, na venda e negociações dos leilões a acontecerem durante a exposição, nestes últimos oito dias que antecedem a Expogrande.
O secretário José Felício explica que o FCO é verba federal e 51% é para atender a demanda de pequeno produtor, e que não sendo atingida, como ocorre em Mato Grosso do Sul, o saldo disponível atende como os 49% restantes, que são viabilizados para recuperação de pastagens para pecuária e agricultura e na frustração de safras; comunicou a todos os produtores rurais presentes, sobre a reunião do dia 1º de abril, marcada para às 8h, na sede da secretaria de governo do estado, na qual será assinado convênio para zoneamento agrícola e para o centro tecnológico do couro e carcaça, outro tema prioridade a ser discutido por esta comissão permanente.
O presidente do Sindicato Rural, sr. Rodolfo Vaz de Carvalho afirmou que neste momento difícil para a agropecuária de Mato Grosso do Sul, “o esforço deve ser de todos” para que sejam viabilizados recursos para a Expogrande, todos os órgãos agrorurais, para que se fortaleça a economia do setor e que não aconteça desmobilização dos produtores. O presidente do sindicato pediu novas alternativas para o sistema talonário obrigatório para o fechamento de safras para comercialização, no que se refere à desburocratização do sistema, que impede venda do produto colhido, onerando o produtor rural.
A rastreabilidade foi outro assunto de grande interesse, levantado pelo deputado Paulo Corrêa, a ser discutido tanto no que se refere ao laboratório da carne, quanto ao programa de otimização da carne, couro e pele de qualidade, CISBOV, que vem a trazer benefícios diretos aos produtores de gado e vem acabar com o contrabando de animais e a incidência de doenças na região de Mato Grosso do Sul.
Fonte:Agência de Notícias do Legislativo
