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terça-feira, 3 de junho de 2025

Powell quer resolução no Iraque ainda em junho

29/04/2004 14h55 – Atualizado em 29/04/2004 14h55

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse hoje, quinta-feira, em Copenhague que acredita que a ONU chegará, antes do dia 30 de junho, a uma nova resolução sobre o Iraque para dar a esse país um governo soberano.

Em uma entrevista coletiva concedida com o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, Powell acrescentou que essa resolução incluiria, além disso, a necessidade de enviar mais soldados e dinheiro para a reconstrução do Iraque e facilitar o caminho ruma às eleições e ao estabelecimento da democracia.

Powell indicou que esse novo governo, que assumirá no dia 1º de julho, “convidará as tropas para que elas fiquem” no país.

No entanto, elas deverão estar sob o comando dos EUA, destacou Powell, antes de lembrar que isso ocorreu depois da Segunda Guerra Mundial na Europa e na Coréia.

Powell insistiu que a Otan deve desempenhar um papel ativo no Iraque, porque tem capacidade para assumir o controle de uma área, embora a reserva de tropas não seja muito grande.

Além disso, Colin Powell disse estar convencido de que quando as tropas solucionarem a “difícil situação em Faluja e em Najaf, o povo americano reconhecerá nosso trabalho”, e previu que a “crise” nestas cidades estará controlada antes de 30 de junho, data prevista para a transferência de poderes para o novo governo iraquiano.

Sobre a retirada da Espanha, Powell reconheceu estar “decepcionado”, embora tenha acrescentado que “esta é uma decisão de seu governo e a respeitamos”. Ele ressaltou que efetivos de 13 países continuam no Iraque, entre eles os da Dinamarca, país ao qual agradeceu sua “contribuição significativa”, tanto no Iraque quanto no Afeganistão.

Depois de participar, na quarta-feira, da conferência em Berlim sobre anti-semitismo da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), Powell fez escala na Dinamarca antes de voltar para os EUA, convidado pelo ministro de Assuntos Exteriores dinamarquês, Per Stig Moeller, que, por sua vez, o visitou na semana passada em Washington.

Powell garantiu não ter ido a Copenhague “para pedir nada”, mas acrescentou que “toda contribuição dinamarquesa será apreciada, embora essa seja uma questão do governo”.

Rasmussen reiterou que não tem a intenção de retirar as tropas do Iraque, porque deve “proteger a democracia e contribuir para a estabilidade”. Ele se sente “agradecido” frente ao povo iraquiano e fez um chamamento ao fortalecimento do papel da ONU nesse país.

Depois da reunião, o escritório do primeiro-ministro dinamarquês anunciou que ele viajará em 28 de maio para os EUA, a fim de se reunir com o presidente dos EUA, George W. Bush, por convite deste.

Quanto ao conflito palestino-israelense, o chefe da diplomacia americana disse que a proposta de Israel de desmantelar os assentamentos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia é “positiva”, e contribuirá para o processo de paz.

Powell assegurou em uma visita ao Instituto dinamarquês de Frederiksberg que seu governo espera poder libertar “em breve” mais prisioneiros da base de Guantánamo, embora “muitos vão continuar detidos por tempo indefinido”, porque “são muito perigosos”.

Fonte:Agência EFE

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