04/05/2004 07h31 – Atualizado em 04/05/2004 07h31
Cerca de 20 empresários chineses e representantes de Hebei, província de Beijing, na China, estiveram na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) para conhecer o potencial do agronegócio em Mato Grosso do Sul. Além da produção leiteira, os empresários querem levar gado e implantar frigoríficos no Estado. O presidente da Famasul, Léo Brito e o presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho, receberam a missão que durante o dia esteve na Governadoria e na Embrapa.
O governador da província de Hebei, Song Enhua, explicou que os chineses passaram a consumir queijo a pouco tempo no País. Conforme os dados apresentados pelo governador, o consumo de queijo é de 900 gramas per capita, considerado baixo, mas que tem potencial para o crescimento. “Temos interesse em comprar gado leiteiro do Brasil, mas queremos ainda aprender como se faz o queijo, queremos trocar tecnologia”, informou Song Enhua, comentando que há interesse que empresários brasileiros invistam na China para a formação de indústrias de queijo.
Do País, os chineses querem adquirir três mil novilhas principalmente da raça leiteira e também importar leite do Estado. O presidente da Famasul comentou que, apesar da produção de leite ser pequena, uma parceria entre o Estado e a China poderia satisfazer o interesse desse País. “Através dessa parceria poderíamos produzir leite suficiente para exportar para a China”, explicou Brito.
Couro e frigorífico
Os chineses também estão interessados no couro brasileiro. Hoje, Mato Grosso do Sul produz cerca de 4 milhões de pele por ano. O único problema é que o acabamento não é feito no Estado. Os chineses querem importar o produto e perguntaram se existe interesse dos produtores num frigorífico chinês no Estado para exportação de carne bovina para a China.
Fabiane Sato
Time Comunicação
