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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Paralisação no Incra se espalha em 20 Estados

06/05/2004 08h30 – Atualizado em 06/05/2004 08h30

A reforma agrária, uma das principais bandeiras do governo, deve demorar ainda mais por causa da greve dos servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), iniciada anteontem. A distribuição de cestas básicas às famílias acampadas também deve parar, o que tende a acirrar a tensão no campo.

Das 29 superintendências estaduais do órgão, 20 já se definiram pela greve, segundo o órgão e o comando de greve. Segundo a assessoria do Incra, 15 já estavam paradas ontem. Servidores de pelo menos outras cinco superintendências cruzam os braços a partir da semana que vem. Funcionários da sede da autarquia, em Brasília, também pararam.

Diante de tal quadro, o ministro Miguel Rossetto já teme pelo cumprimento da meta de famílias assentadas, sendo 47 mil até junho e 115 mil até dezembro.

“Uma greve cria obviamente grandes dificuldades para a execução da meta.” Até o fim de abril, o ritmo da reforma agrária já era insuficiente, já que, mesmo sem greves, o governo só havia editado decretos de desapropriação para assentar 6.130 famílias.

Até o final da tarde de ontem, a Cnasi (Confederação Nacional dos Servidores do Incra) contabilizava que cerca de 3.500 dos 5.300 servidores da ativa estavam parados. Até meados da semana que vem, a Cnasi espera uma adesão de todos os Estados. Para o Incra, é cedo para estimar a adesão.

Os servidores do Incra é que, na prática, tocam a reforma agrária: selecionam a área, fazem a vistoria (média de 60 por semana), elaboram o laudo e dividem os lotes. Pela falta de pessoal, ainda selecionam famílias e distribuem cestas básicas aos acampados.

Fonte:Folha de S.Paulo

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