07/05/2004 15h31 – Atualizado em 07/05/2004 15h31
O deputado federal Geraldo Resende (PPS) questionou hoje (7) o anúncio da presença do ministro da Educação, Tarso Genro, na chamada “Ação Popular” que o governo do Estado deverá realizar no dia 4 de junho em Dourados. Segundo Geraldo Resende, o ministro não deve participar de um evento político-eleitoral investido de um cargo que está acima da sua filiação partidária.
Segundo informações veiculadas na imprensa, a vinda de Tarso Genro, supostamente, deverá servir para anunciar a implantação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Para Geraldo Resende, a questão da UFGD deve ser debatida pelo ministro com toda a sociedade, em especial com os estudantes e a comissão que estuda a implantação da Universidade em um momento apropriado. “Não podemos aceitar, de forma nenhuma, a partidarização de uma iniciativa que é de toda a sociedade”, propõe.
Na avaliação do parlamentar, a eventual presença de Tarso Genro na chamada Ação Popular, que segundo palavras do próprio governador José Orcírio tem o objetivo de “alavancar” a candidatura do atual prefeito à reeleição, poderá gerar uma crise na bancada de sustentação do governo federal, composta, entre outros partidos, pelo PPS e PMDB.
Ainda de acordo com o deputado, o anúncio dessa notícia em um evento de cunho político, partidário e eleitoral, gerará, no mínimo, um mal-estar na bancada, uma vez o projeto da universidade é supra-partidário, e não apenas de setores do PT.
“A chamada Ação Popular é uma iniciativa de caráter clientelista, e os partidos de oposição, em Mato Grosso do Sul, não estarão presentes nesse tipo de atividade, mas a questão da UFGD é de interesse de todos”, ressalta Geraldo Resende, que está defendendo a idéia da vinda do ministro Tarso Genro a Dourados em uma outra oportunidade, exclusivamente para tratar da implantação da UFGD.
Fonte:Agora MS