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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Lula participa de Fórum das Culturas na Espanha

08/05/2004 10h36 – Atualizado em 08/05/2004 10h36

O Fórum Universal das Culturas Barcelona 2004, que será aberto neste sábado, consistirá numa série de debates entre a sociedade civil e importantes personalidades políticas sobre os grandes desafios da Humanidade. O evento contará com a participação de chefes de Estado de vários países, entre eles o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Em uma combinação de oferta lúdica e cultural, o Fórum 2004 vai tentar responder às mais importantes interrogações da atualidade internacional durante 49 seminários e conferências.

Personalidades como Mikhail Gorbachev, Butros Butros Ghali, Jacques Delors, Helmut Khol, Romano Prodi, Pat Cox, Felipe González, Susan George, Adolfo Pérez Esquivel, Shirin Ebadin, José Saramago e Paulo Coelho são alguns dos 1,5 mil participantes dos debates, abertos também à participação de mais de 65 mil inscritos.

O cenário principal do Fórum Universal das Culturas 2004 será os 30 hectares da segunda maior praça do mundo depois da Tiananmen (a praça da Paz Celestial, em Pequim).

O local dedicado ao Fórum fica numa região que, no passado, foi cenário de fuzilamentos durante a Guerra Civil espanhola (1936-39). Outro espaço com infra-estruturas semelhantes está localizado junto ao conflituoso bairro da Mina de Sant Adriá de Besós, uma das zonas mais perigosas da área metropolitana de Barcelona.

Um dos argumentos dos organizadores para explicar a escolha deste local foi que sua transformação está de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável, um dos principais temas em discusssão no Fórum, por ser um princípio que integra e melhora essas áreas, transformando esses setores em bairros periféricos de qualidade urbana.

Associações vizinhas e outras entidades anti-globalização criticaram o Fórum alegando que não passa de uma desculpa para justificar uma gigantesca operação urbanística.

O Edifício Fórum e o Centro de Convenções Internacional de Barcelona (CCIB) são as duas construções que mais influenciram o projeto. O primeiro dispõe em seu subsolo de um auditório para 3,2 mil, e será cenário das sessões plenárias durante os debates. Desenhado por Herzog e De Meuron, o edifício se conecta por uma galeria subterrânea ao sótão onde funciona o Centro de Convenções, com uma grande sala com capacidade para 15 mil pessoas, o que transforma no maior centrol do sul da Europa.

Mas a alma do recinto será a Praça de 16 hectares onde foi erguida uma enorme barraca de 16 mil metros quadrados onde serão debatidos os desafios da ONU para 2015 e o novo milênio: eliminar a pobreza, combater a Aids, lutar pela igualdade e prover água potável a 1,2 bilhão de pessoas, entre outros.

Além de dispor de uma instalação de fibra ótica, a Praça conta com um novo porto com capacidade para mil embarcações que vai abrigar durante o Fórum duas grandes exposições: “Os Guerreiros de Xian” e “Habitar o Mundo” -, assim como restaurantes e mostras gastronômicas de todo o mundo. Em suas águas acontece, no sábado, a “Mover mundo”, uma ceremônia inaugural a que assistirão os reis da Espanha Juan Carlos e Sofia.

Em frente à central térmica, foram construídos onze hectares e três foram dedicados a uma nova praia, de onde se poderá ver o Campo da Paz, um acampamento de crianças vindas das regiões em guerra, e que será cenário de concertos noturnos.

O Parque dos Auditórios ocupa quatro hectares em forma de dunas, que na realidade são placas coloridas que ocultam dois auditórios com capacidade para 8,5 mil e 3,5 mil pessoas respectivamente. Ali vão acontecer espectáculos como “O Gigante dos Sete Mares” e “O Arbol da Memória”.

Fonte:AFP

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