10/05/2004 09h59 – Atualizado em 10/05/2004 09h59
Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), observado em Campo Grande, que serve de parâmetro para todo o Moto Grosso do Sul, teve um ligeiro aumento de 0,84%. Este valor é bem superior a inflação de 0,16% registrada em março. Os aumentos de preços foram assinalados pelos grupos de Habitação, Despesas Pessoais, Educação e Saúde e com uma pequena diminuição nos grupos Alimentação, Transporte e Vestuário. O IPC/CG é calculado mensalmente, por meio de parceria entre a Uniderp, Unaes, Fipe e Seplanct/MS.
“A inflação acumulada nos últimos 12 meses. No primeiro quadrimestre deste ano, já atingiu 2,54%. Observou-se uma variação significativa no grupo Educação provocada pelos aumentos das mensalidades escolares, no grupo Habitação face ao aumento da tarifa de energia elétrica, e de ligeiras variações nos demais grupos. A retração de preços no grupo Vestuário foi provocado pelas liquidações e promoções do início de ano devido a troca de moda outono/inverno”, explica o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais da Uniderp, professor Celso Correia de Souza.
O grupo Habitação tem o maior peso na composição do Índice de Inflação e no mês de abril influenciou na alta do IPC, pressionado pela variação de 12,99% no preço da energia elétrica. As variações nos produtos como forno de microondas (14,29%), gás de cozinha (8,46%), sabão em barra (6,20) e lâmpada elétrica (5,13%), contribuíram com a alta ocorrida. Dos produtos com queda nos preços, destacam-se: computador (?17,83%), carvão (-11,15%) e saponáceo (-5,00). O resultado foi uma alta em média de 2,96%, registrada no grupo.
“Os produtos e serviços do grupo Despesas Pessoais tiveram uma variação de 2,02%, contribuindo na alta do IPC em 0,15%, a segunda maior contribuição em abril de 2004”, ressalta Celso. Neste Grupo, produtos com as maiores altas foram cigarros com variação de 8,09%; revelação fotográfica, 3,98%; e hidratante, 3,97%. Os gastos com cabeleireiro caíram, em média, 4,70%, conseqüência de promoções nos salões de beleza da Capital.
Segundo os pesquisadores, no grupo Educação apenas o item papelaria teve a variação de 3,80%, ficando os demais componentes sem alteração de preços. “A característica de variação deste grupo é sazonal,
principalmente no início do ano quando ocorrem os reajustes das mensalidades e dos preços dos materiais escolares”, afirma o coordenador do Nepes.
A influência na variação de 0,81% no grupo de Saúde foi provocada pela variação positiva de preços dos remédios, materiais cirúrgicos e algumas vitaminas e fortificantes. Os demais itens da sua composição ficaram estáveis no período de análise, com pequenas quedas de preços em antiinflamatórios e exames de laboratório.
Fonte:Dourados News


