13/05/2004 14h40 – Atualizado em 13/05/2004 14h40
A CIA (agência de inteligência dos EUA) tem usado métodos coercitivos de interrogação contra um seleto grupo de líderes e membros da Al Qaeda, o que tem produzido uma crescente preocupação dentro da instituição. A informação foi publicada hoje pelo jornal “The New York Times”, que cita agentes cujos nomes não foram revelados.
Ao menos um funcionário da agência teria recebido uma “punição disciplinar” por ameaçar um prisioneiro com uma arma durante um interrogatório, diz o jornal.
No caso de Khalid Shaikh Mohammed, suspeito de ter ajudado os planos de ataque de 11 de setembro de 2001, os interrogadores da CIA teriam usado altos níveis de força, incluindo uma técnica na qual o prisioneiro é amarrado, mergulhado em água e levado a acreditar que poderia se afogar.
De acordo com o “NYT”, estas técnicas foram autorizadas por uma série de regras secretas para interrogatórios de prisioneiros de alto escalão da Al Qaeda, aprovadas pelo Departamento de Justiça e pela CIA. Elas estavam entre as primeiras medidas adotadas pelo governo do presidente George W. Bush após os ataques de 11 de Setembro.
Segundo o jornal, após os atentados terroristas de 2001, o presidente Bush assinou uma série de diretrizes autorizando a CIA a conduzir uma guerra secreta contra a rede terrorista de Osama bin Laden. As diretrizes autorizavam a CIA a matar ou capturar líderes da Al Qaeda, mas não é claro se a Casa Branca aprovou as regras específicas para os interrogatórios.
Fonte: Folha Online