13/05/2004 16h25 – Atualizado em 13/05/2004 16h25
Trinta famílias invadiram as casas recentemente construídas no Jardim Nova Era, em Itaquiraí. As obras do novo conjunto habitacional estavam prontas há aproximadamente 40 dias e, futuros mutuários, inscritos nos programas habitacionais do Governo, se organizaram e preferiram ocupar as casas antes mesmo da inauguração que deveria ocorrer nos próximos dias.
Para entrar nas residências as famílias chegaram a arrebentar algumas fechaduras de portas. Outras casas estavam destrancadas, somente com portas encostadas.
Ao justificarem a invasão, disseram ao Diário MS que temiam perder a oportunidade de conquistaram a casa própria. “Pra não correr o risco de perder a casa resolvemos entrar”, afirmou Luzia Maria Shuffner, que ocupou a casa de número 20.
Outra moradora, Adriana Macedo Honorato, que ficou com a casa número 17, salientou que ficou sabendo que estava havendo um movimento na cidade e as casas acabariam para pessoas que não precisam e têm condições de pagar aluguel. Orandi Moura do Amaral, da casa 14, acrescentou ao Diário que as famílias se organizaram e decidiram não esperar mais, “nós não temos casa. A maioria das famílias morava em barracos de lona”, afirma Orandi.
As casas do Jardim Nova são do projeto habitacional Novo Habitar e foram edificadas através de parcerias entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Itaquiraí. O prefeito Edson Vieira (Eid) informa que o Município investiu aproximadamente R$ 50 mil na obra, sendo R$ 1,2 mil por casa, repassou a área, fez a terraplenagem do terreno. Investimentos também foram feitos nas redes de água e energia elétrica.
Ao comentar sobre a invasão das casas o prefeito Eid mostrou-se preocupado dizendo que gostaria que as famílias tivessem conquistado a casa própria dentro do processo natural, com entrega das chaves aos sorteados, “mas é um problema que não podemos virar às costas e estaremos sentando com uma comissão de moradores e buscando uma solução para o caso, dentro de um entendimento com o Estado”, explicou. Já as famílias sustentam que querem uma garantia das autoridades para que garantam suas moradias.
Fonte: Agora MS