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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Indicadores sociais atestam avanços em MS, mostra analista

31/05/2004 17h03 – Atualizado em 31/05/2004 17h03

Os indicadores sociais de Mato Grosso do Sul apontam “ganhos em resultados quantitativos e qualitativos, obtidos principalmente nas áreas de educação, renda e saúde”, segundo Eliandres Pereira Saldanha, analista de Planejamento e Orçamento da Coordenadoria de Estudos Sócio-Econômicos da Secretaria de Planejamento e de Ciência e Tecnologia. Relatório preparado pelo analista atribui parte dos resultados positivos aos programas de inclusão social, analisando que “o sucesso das políticas voltadas para construção de uma rede de proteção social (…) somado ao bom desempenho da economia, principalmente com o aumento da produção de alimentos e atração de indústrias”, melha os índices de desenvolvimento social e amplia oportunidades de emprego e renda.

No relatório sobre os indicadores sociais, o analista de Planejamento de Orçamento observa o crescimento da produção agrícola, o salto de qualidade na educação, melhoria dos serviços de saúde, com sensível queda do índice de mortalidade infantil, e geração de emprego e renda, comprovados em levantamentos do IBGE. “Entre 1998 e 2003, as lavouras do Estado aumentaram em 77% a produção de alimentos, contando com um aumento de produtividade de 33% e incremento de 570 mil hectares cultivadas, com destaque para as culturas da soja, milho, arroz , feijão e trigo. Ainda destaca-se, a atração de mais de 150 indústrias com investimentos de aproximadamente R$ 900 milhões e geração de 18.000 empregos”, destaca o relatório. Segundo o analista de Planejamento e Orçamento da Seplanct, considerando a Síntese dos Indicadores Sociais publicados recentemente pelo IBGE, observa-se que, no período de 1998 a 2002, em Mato Grosso do Sul, houve um ganho de 12,9% na média de anos de estudo da população acima dos 7 anos, passando de 5,3 para 5,9 anos de média de estudo. “O mais relevante é que o crescimento na média de anos estudados ocorreu em todas as faixas de idade, com o maior ganho observado na faixa etária da população de 20 a 24 anos, demonstrando que no Estado de Mato Grosso do Sul o acesso à escola está sendo democratizado a todo o conjunto da população”. Eliandres Pereira Saldanha nota que em relação ao avanço que vem acontecendo nos últimos anos na educação, é notável o aumento na taxa de escolarização da população, tanto nas camadas mais pobres bem como nas mais ricas; em 1998 a parcela dos 20% mais pobres de 7 a 14 anos apresentava uma taxa de escolarização de 90,9%, evoluindo para 92,7% em 2002, já a parcela dos 20% mais ricos na mesma faixa de idade sai de uma taxa de escolarização de 98,6% no ano de 1998 para 99,5% de pessoas que freqüentavam a escola em 2002; na média, a população de 7 a 14 anos de idade apresentou uma evolução de 94,6% de escolarização em 1998 para 96,6% de pessoas que freqüentavam a escola no ano de 2002. “A melhoria dos indicadores qualitativos da educação no Mato Grosso do Sul passa a oferecer condições reais de se ter aqui capital humano mais qualificado, o que já se sinaliza pela queda das taxas de analfabetismo que se reduz de 11,8% em 1998 para 9% em 2002. Essa conquista se observa tanto na população urbana, como na rural, sendo que esta última tem o melhor ganho com uma redução em 23,4% nas taxas de população analfabeta, que sai de 20,2% em 1998 para 15,5% no ano de 2002. A melhoria apresentada pelos indicadores da educação no meio rural é resultado do avanço das condições humanas da população do campo, que vem adquirindo melhores oportunidades para freqüentar a escola, principalmente, melhoria de renda obtida com o apoio dos programas sociais implementados pelo governo estadual. Os dados demonstram a ampliação em 11,2% do número de matrículas no ensino fundamental no campo e 49,9% de incremento de matrículas no ensino médio ministrados no meio rural, no período de 1998 a 2002 segundo os estudos do IBGE”. Em relação aos serviços de saúde, o analista da Coordenadoria de Estudos Sócio-Econômicos da Seplanct observa que o Estado possui de rede de atendimento de 6.925 leitos, sendo 5.076 voltados para o atendimento à saúde pública através do SUS, tendo ainda 183 unidades de terapia intensiva – UTI. Ainda no atendimento aos serviços diferenciados de urgência/emergência que funcionam 24 horas e que atendem ocorrências de acidentes ou violências com agressões, o Estado conta com 86 unidades desse tipo, onde Mato Grosso do Sul se destaca em nível nacional apresentando uma taxa de 4 estabelecimentos por 100 mil habitantes, seguido de Mato Grosso com 3,8 e do Paraná com 3,1. “O atendimento à saúde da população infantil vem melhorando de forma satisfatória”, destaca o analista, notando que se se tomar como parâmetro a taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2002, Mato Grosso do Sul obteve uma redução de 22,6% na mortalidade de crianças de zero a um ano de idade, descendo de um coeficiente de mortalidade de 24,8 por mil nascidos vivos para 19,2, segundo o IBGE . A seu ver, a queda da taxa de mortalidade infantil em Mato Grosso do Sul, observados nos últimos anos, se deve os programas sociais, o amparo às mulheres gestantes e à atenção especial dada às crianças de zero a seis anos de idade, somados aos bons níveis de saneamento e alimentação. Segundo o IBGE, em 2002 as famílias do Estado tinham 89,2% dos seus domicílios atendidos com rede geral de água tratada e 93,44% da população recebe alimentação de forma satisfatória, classificada como ótima (68,14%) e boa (25,30%), o que coloca o Estado em 3º lugar no Brasil em qualidade de alimentação da população. Quando ao emprego, Eliandres Saldanha aponta a Pesquisa de Orçamento Familiar – POF realizada pelo IBGE, mostrando que em Mato Grosso do Sul 66,02% do rendimento das famílias vem da renda do trabalho, enquanto que para o Brasil, essa fonte de renda representa 62,0%. “Ainda em nível de Brasil, o Mato Grosso do Sul é o Estado que detém a 5º melhor participação do trabalho como maior fonte de renda das famílias, as demais fontes são: transferências, rendimento de aluguel e outros rendimentos”. Segundo o IBGE, na distribuíção da renda em gastos médios mensal das famílias sul-mato-grossense, os itens que mais pesam no orçamento familiar são; habitação com 35,89% , alimentação com 22,42%, transporte com 19,68%, vestuário com 5,95%, saúde com 5,31% e educação com 2,81%. No item de despesas com alimentação nos domicílios de Mato Grosso do Sul, o gasto com compra de carne tem o maior peso em todas as faixas de renda, representando 15,06% das despesas com alimentação feita em casa, excluído aqui o frango que representa 3,09%. Nos gastos com carne, 64,5% são de origem bovina, sendo que Mato Grosso do Sul, com um consumo médio de 22,93 kg/ano, é o quarto maior consumidor per capita desse produto, e ainda se coloca em 2º lugar no consumo de carne bovina de primeira. Na geração de empregos, segundo dados do Ministério do Trabalho, no período de maio de 1999 a abril de 2004 foram criados no Mato Grosso do Sul 47.142 empregos líquidos com carteira assinada. Só no ano de 2004, de janeiro a abril, já foram contratados 13.086 trabalhadores com carteira assinada, quantidade 13,9% superior à contratação feita em igual período do ano passado quando foram contratados 11.482 trabalhadores. A agropecuária é responsável por 45,3% dos empregos gerados no 1º quadrimestre de 2004, seguida da indústria de transformação que responde por 21,7% e dos serviços que responde por 18,5% das novas contratações.

Fonte : RepórterMS

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