31/05/2004 14h34 – Atualizado em 31/05/2004 14h34
O Juiz de Execuções Penais da Comarca de Três Lagoas, Marcio Rogério Alves, está nesse momento atendendo cerca de setenta mulheres, que se apresentam como parentes e familiares de detentos.
Em entrevista a nossa reportagem, Marcio Rogério Alves afirmou que a decisão da interdição foi tomada baseada em informações técnicas feitas por médicos e engenheiros. O laudo apresenta grau de risco a saúde dos internos, como sarna e tuberculose. “A decisão está tomada não compete a mim voltar atrás”, declarou.
ASSOCIAÇÃO
Marcio Rogério ainda sugeriu que os familiares se reunissem em uma associação para reivindicar do governo do estado a conclusão do presídio. “Reclamem, cobrem do governo um posicionamento sobre a conclusão do presídio”, desabafou.
Alves prometeu ouvir todos os familiares de detentos que foram ou serão transferidos do EPTL (Estabelecimento Penal de Três Lagoas) para as cidades de Corumbá e Dourados. “Nem que dure o dia todo, eu vou ouvir e estudar caso a caso, mas não me compete mudar uma decisão já aprovada pelo Tribunal de Justiça”, comentou.
No final de semana foram transferidas 26 detentas foram encaminhadas ao presídio da cidade de Corumbá e nos próximos dias cerca de 160 serão transferidos para a cidade de Dourados. Com a remoção das detentas, alguns detentos já estão utilizando a ala vaga, desafogando em parte a superlotação da ala masculina.
PALIATIVOS
Marcio sugeriu que o governo do estado locasse imóveis e os adaptasse para receber os presos, até que o presídio fique pronto. Sobre a distância para a visita dos familiares aos detentos transferidos, Marcio ironizou afirmando que “o governo deveria bancar do próprio bolso já que o presídio deveria ter sido concluída há cinco anos”.
