31/05/2004 16h52 – Atualizado em 31/05/2004 16h52
A rota bioceânica, defendida pelo governo de Mato Grosso do Sul como forma de estreitar o caminho de exportação de produtos brasileiros ao sudeste da Ásia deve contribuir para a evolução da produção rural do Estado. A previsão é do presidente do grupo Kepler Weber, Othon D’Éça Cals de Abreu, que está em Campo Grande para a inauguração de conjunto popular construído pela empresa.
A Kepler começa operar em dezembro no núcleo industrial de Campo Grande, e utilizou a localização do Estado, na ponta da chamada rota bioceânica, como fator decisivo para sua instalação. “Os produtos vão chegar ao sudeste asiático com preço bem menor, abrindo a possibilidade de competir com a produção norte-americana”, explica. Essa mesma previsão é feita para os produtos agropecuários, de grande demanda naquela parte do mundo.
Abreu reconhece que ainda são necessários investimentos para a efetivação da rota, para consolidar as vias ferroviária e rodoviária, mas atribui o problema à falta de vontade política. “Se ainda não foi efetivada é porque alguns países não querem”, sugere.
Em Campo Grande a empresa se instala com investimento de R$ 63,9 milhões repassados pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), além de R$ 40 milhões próprios. A meta é gerar 500 postos de trabalho e processar 6 mil toneladas de aço/mês.
Fonte:Campo Grande News
