01/06/2004 08h46 – Atualizado em 01/06/2004 08h46
Uma alternativa de renda para famílias de baixo poder aquisitivo, através da secagem de frutas tropicais e peixes, já está dando bons resultados em Mato Grosso. É o projeto Coorumbatá, iniciado por uma cooperativa de pescadores e artesãos com a ajuda de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso. A universidade desenvolveu a secadora, toda em aço inoxidável, que tem um custo unitário de R$ 10 mil e já foi patenteada. Hoje o projeto garante o sustento de 38 famílias e pretende através da mobilização social do Programa Fome Zero atingir dez municípios próximos a Cuiabá.
Além de frutas, como a banana, o abacaxi e a manga, os cooperados estão trabalhando no processamento de peixe para, em breve, viabilizar a produção de lingüiça e hambúrguer de peixe. As frutas passam por todas as etapas de seleção, lavagem, higienização, retirada da casca, corte e secagem. A secadora comporta, por exemplo, 300 kg de banana que, ao serem processados, resultam em 60 kg de banana passa.
Uma rede de supermercados se comprometeu a comprar tudo o que for produzido, in natura, ou processado. Em Mato Grosso, foi criada a Rede de Colaboração Solidária para a Industrialização e Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar e Pesca Artesanal. Na prática, é um consórcio que une oito municípios da baixada cuiabana, com realidades e necessidades semelhantes, representados por produtores rurais, cooperativas e associações de pessoas de baixa renda, empresas de processamento de frutas e empresas de comercialização. Entre as metas iniciais do consórcio está a construção de uma central de distribuição de produtos. Fonte – Fome Zero