02/06/2004 08h20 – Atualizado em 02/06/2004 08h20
Campo Grande é uma das únicas capitais brasileiras que não conta com um sistema de transporte público alternativo. Se depender da vereadora Magali Picarelli (PTB), a situação poderá mudar na Capital de Mato Grosso do Sul, afinal, projeto de lei protocolado pela parlamentar na sessão ordinária dessa terça-feira (01/06), na Câmara de Campo Grande, institui este sistema, a ser prestado por veículos do tipo ‘Vans’ ou ‘Micro-ônibus’.
Esse tipo de transporte atenderá os usuários com qualidade e preço diferenciados, operando com as seguintes características: transporte exclusivo de passageiros sentados; tarifa inferior à atualmente cobrada pelo sistema de transporte coletivo urbano; três lugares reservados aos idosos de passe livre com poltronas de cores diferenciadas em todos os veículos, bem como a aceitação de todos os benefícios tarifários, de isenção ou desconto, aplicados ao sistema convencional, inclusive, de isenção para passageiros crianças de até 8 anos de idade, limitados a dois lugares por veículo.
Segundo a vereadora Magali, o sistema irá suprir a precariedade e as falhas existentes no sistema de transporte convencional, afinal, não são todas as regiões da Capital que são contornadas com linhas de ônibus. “Na Vila Jacy, por exemplo, não existem pontos de ônibus. Por esse motivo, os moradores daquele bairro tem de se locomover até a Avenida Bandeirantes para tomar um coletivo. Com a implantação da lei, essas vans ou micro-ônibus poderão contornar localidades onde há precariedade de linhas de ônibus”, argumenta a petebista.
Aproximadamente 1.500 empregos diretos e indiretos serão gerados com a instalação do sistema, segundo comenta o presidente da Cooperttams (Cooperativa dos Transportes Alternativos de Mato Grosso do Sul), Edson Júnior. Ele ainda revela que o transporte tende a ser personalizado, podendo gerar benefícios consideráveis aos cooperados e o custo da passagem sairá a R$ 1,50.
“Atualmente temos 60 vans cadastradas na Cooperativa e, caso a lei vigore, certamente o número dobrará, contudo, não poderá sobrepor-se em mais de 40% aos itinerários das linhas de ônibus regulares, que agrega 480 carros”, enfatiza Edson.
Na matéria consta que os veículos deverão possuir no máximo dois anos de uso a ser utilizados pelo prazo de até cinco anos em operação, após o que, deverão ser substituídos. Todos os carros também deverão trazer em local visível no interior e no lado externo do veículo, o número de um telefone de sugestões e reclamações da Cooperativa, além de adaptação para atendimento a portadores de necessidades especiais e aos deficientes físicos.
“Essa lei tem por objetivo auxiliar a população que não conta com pontos de ônibus em seus bairros e que tem de andar quadras e quadras até chegar num ponto para tomar um coletivo. Outro ponto positivo é que o sistema irá funcionar por 24 horas e não haverá problema de horário, podendo as pessoas usufruírem do transporte alternativo a qualquer hora do dia”, conclui a líder do PTB na Câmara Municipal da Capital.
A sede da Cooperttams situa-se na Avenida Getúlio Vargas, 1.340, bairro Santo Amaro.
Fonte:Clic News