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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Gol estréia na bolsa no final de junho com emissão de R$ 810 mi

02/06/2004 07h44 – Atualizado em 02/06/2004 07h44

A operação foi apresentada pelos coordenadores Morgan Stanley, Unibanco e Santander a corretores nesta manhã, na Bolsa de Valores de São Paulo. Nem os líderes nem a companhia informaram a razão para o descompasso no lançamento dos seus papéis entre as duas praças.

A faixa indicativa de preço dos papéis no mercado doméstico foi estipulada entre 23 reais e 26 reais. Segundo corretores que tiveram acesso às informações divulgadas pelos líderes da operação. Os investidores não-institucionais poderão reservar entre mil e 300 mil reais em ações, de 9 a 21 de junho.

O preço de emissão das ações será fechado no dia 23 de junho, por meio do processo de “bookbuilding” (tomada de ofertas) entre os investidores estrangeiros e institucionais.

A Gol pretende levantar 810 milhões de reais, dos quais 460 milhões de reais configurariam aumento de capital. O restante refere-se à venda de ações já existentes, em poder de controladores. Segundo os corretores, o aumento de capital será usado no pagamento de aeronaves Boeing e reforço do caixa. A operação tem garantia firme dos coordenadores.

Em meados do mês passado, a Gol anunciou a compra de 15 aviões 737-800 da Boeing, com opção de compra de outras 28 unidades. Incluindo as opções, o valor do acordo chega a 2,7 bilhões de dólares.

MARÉ BOA

A Gol será a segunda empresa a emitir ações no mercado brasileiro este ano. Na semana passada, o grupo de cosméticos Natura estreou na bolsa paulista, colocando fim a mais de dois anos de jejum na Bovespa.

Os papéis da Natura foram colocados no Novo Mercado, ambiente que exige maior governança corporativa, a 36,50 reais e registraram forte alta nos primeiros dias de negociação. Nesta terça-feira, caíam 0,82 por cento e eram negociados a 42,35 por cento.

No ano passado, a Gol teve lucro de 113 milhões de reais, e em 2002, de 3,9 milhões de reais. A empresa consolidou sua presença no mercado brasileiro após dois anos de operação, encerrando o último ano com 19,2 por cento de participação de mercado e atrás apenas das líderes Varig e TAM .

A companhia aérea informou às corretoras nesta terça-feira que precisa de índice de ocupação em seus vôos de 50 por cento para o equilíbrio financeiro (“break-even”). Atualmente, a taxa de ocupação é de 64 por cento. A empresa disse ainda que teve no primeiro trimestre margem de lucro antes de juros, impostos, depreciações, amortizações e leasing de aviões (Ebitdar, na sigla em inglês) de 41 por cento.

Fonte:IG

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