02/06/2004 13h46 – Atualizado em 02/06/2004 13h46
Os médicos do país iniciaram há um mês um movimento em defesa do reajuste da tabela de prestação de serviços da categoria. O movimento pode ficar mais forte a partir de amanhã, quando acontecem assembléias estaduais para discutir propostas para as reivindicações da categoria.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos, a tabela de remuneração dos serviços médicos está congelada há 10 anos.
Nesse período, entretanto, as operadoras de planos e seguros de saúde teriam repassado reajustes de até 154% para seus usuários.
Por enquanto, os médicos ainda não se recusaram a atender os pacientes. No entanto, o atendimento passou a ser cobrado.
“Não nos recusamos a atender os pacientes. Cobramos a consulta, damos o recibo e pedimos para o paciente pedir o reembolso para a sua operadora de saúde”, disse o presidente da Federação nacional dos Médicos, Heder Murari Borba.
Segundo ele, os médicos querem a correção da tabela de remuneração dos serviços prestados.
“O usuário paga para a operadora pela correção do serviço, mas esse dinheiro não chega a quem presta o atendimento, que é o médico”, afirmou Borba.
O movimento dos médicos pode ficar ainda mais forte amanhã, quando haverá uma assembléia nacional para colocar em “discussão as condições aviltantes da remuneração da classe médica”.
Segundo Borba, os médicos recebem dos planos de saúde R$ 24 em média por consulta. “Queremos reajustar o valor da consulta para R$ 40, com uma banda de 20%. Ou seja, o valor poderá variar de R$ 36 a R$ 40, dependendo da região do país.”
Pelos cálculos da federação, o movimento já atinge 12 Estados do país. Entre os Estados afetados estão: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, entre outros.
Fonte:BOL



