22/07/2004 09h58 – Atualizado em 22/07/2004 09h58
A assembléia que vai decidir o movimento de greve dos caminhoneiros está marcada para hoje às 10h (horário de Mato Grosso do Sul), em Brasília (DF). Se a proposta for aprovada, a categoria promete iniciar uma paralisação de 72 horas a partir da zero hora de domingo (25).
Os caminhoneiros reivindicam o cumprimento da lei que determina o uso de 40% da arrecadação da Cide (Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico), que é uma contribuição de 3% paga por todos os caminhoneiros na consumação de óleo diesel para conservação das estradas e rodovias federais, estaduais e municipais.
De acordo com o presidente do Sindicargas (Sindicato dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso do Sul), Roberto Sinai, ao longo de três anos da criação da Cide já foram arrecadados R$ 18 bilhões, “mas esse dinheiro não é utilizado como deveria”, afirma Sinai.
Segundo a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) são necessários R$ 8 bilhões para recuperar as estradas brasileiras, o que corresponde a menos da metade do que já foi arrecadado pela Cide até hoje.
Além de melhorias na malha viária, a categoria reivindica mais segurança nas estradas. Em Mato Grosso do Sul a situação não é tão preocupante, segundo o presidente do Sindicargas. No ano passado foram registrados seis roubos a caminhões e cargas. Do começo deste ano até agora aconteceram três roubos somente a caminhões. “Mesmo assim vamos dar apoio aos caminhoneiros de outros estados se a greve for deflagrada”, reforçou Roberto Sinai.
O maior tráfego de caminhões em Mato Grosso do Sul é na BR-163, entre Campo Grande e Sonora. O Sindicargas tem 50 mil caminhoneiros filiados. Outros 20 mil vivem e trabalham no Estado mas com placas de fora.
Fonte:O Pantaneiro
