24.1 C
Três Lagoas
terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Excesso de carga dá prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao País

23/07/2004 08h05 – Atualizado em 23/07/2004 08h05

Governo federal perde R$ 1,5 bilhão por ano em função de caminhões sobrecarregados que danificam estradas brasileiras.

O excesso de carga transportado por caminhões nas rodovias federais causa prejuízos anuais de R$ 1,5 bilhão aos cofres do governo, segundo o Ministério dos Transportes.

Para ter idéia, o dinheiro daria para terminar a duplicação da Rodovia Fernão Dias (BR-381), que liga São Paulo a Belo Horizonte ou concluir 79% do trecho Sul do Rodoanel, na capital paulista, calculado em torno de R$ 1,9 bilhão.

Segundo o ministério, apenas 20% de sobrecarga num veículo é capaz de reduzir em 50% a vida útil das estradas. Em muitas situações, porém, os motoristas trafegam com o dobro de peso da capacidade do caminhão, afirma o presidente da Associação Nacional dos Transportes de Carga e Logística (NTC), Geraldo Vianna.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO – “Mas isso é resultado da falta de fiscalização do próprio governo federal, que não tem balanças suficientes para controlar a circulação dos veículos”.

Apenas 13 postos estão em operação nos 58 mil quilômetros de rodovias federais pavimentas. A intenção do governo é reforçar o número de balanças em pontos estratégicos dos principais corredores do País, evitando que os motoristas fujam das fiscalizações por meio de rodovias estaduais e municipais.

Para isso, o Ministério dos Transportes criou um plano diretor para recuperar e modernizar 30 balanças até o início de 2005. No total, serão 150 balanças fixas e móveis.

A restauração das unidades já existentes, mas desativadas, deverá exigir investimentos da ordem de R$ 25 milhões, afirma Carlos Alberto la Selva, assessor da Secretaria de Gestão de Programas de Transportes. Segundo ele, a reforma será feita pelo Batalhão de Engenharia do Comando do Exército para diminuir o custo do projeto.

CAMINHONEIROS – O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, reconhece que o problema do excesso de peso atinge quase todo o setor. Na opinião dele, no entanto, o maior culpado é o governo, que não soluciona o problema.

Lopes afirma que as poucas balanças em operação no País funcionam apenas oito horas por dia. “Depois desse período, os caminhoneiros passam do jeito que quiserem”, argumenta.

Além disso, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) não conseguiu entrar num acordo com a Polícia Federal para fazer autuações. “O problema está no repasse dos recursos recolhidos. Cada um quer um valor maior que o outro.”

Fonte: A Tarde

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.