24/07/2004 10h24 – Atualizado em 24/07/2004 10h24
Ele saiu de Campo Grande com 16 anos e quase dois metros de altura para seguir a carreira de jogador de basquete. Janjão jogou um Brasileiro no estado de São Paulo e foi chamado para um teste. Passou e não parou mais. Hoje, com 31 anos e cinco centímetros mais alto, Janjão já jogou na seleção brasileira de basquete, esteve em uma Olimpíada (Atlanta/96) e dois Mundiais (94 e 98). Ele também ajudou a seleção e conquistou duas medalhas de bronze, na Copa América de 1997 e nos Jogos Panamericanos de 1995.
Hoje o jogador voltou a Capital para dar a receita do sucesso, ou pelo menos os ingredientes dela. Na platéia adolescentes de 15 e 16 anos. E muita vontade de nunca parar de jogar basquete. Como Juliano Rodrigues, 16. “É muito difícil, acho que sou ‘baixinho’ perto dos grandes atletas”, diz. Juliano tem 1m88. “Depende de esforço e sorte”, acredita. Janjão confirma. E lembra: “as maiores dificuldades estão fora da quadra, conciliar treino e estudo, ter que ficar longe da família (…)”.
O atleta diz que é bom o nível dos jogadores sul-mato-grossenses. Mas, analisa, o Estado peca quando o assunto é competição. “Aqui eles têm todos os fundamentos, mas os campeonatos são muito esporádicos. Em São Paulo e no interior você não pára de jogar. Sai de uma competição e vai para outra”.
A preocupação de Juliano tem fundamento. A altura de Janjão não é exceção entre os jogadores de basquete profissional. Mas ele diz que “altura ajuda, mas não é o principal. Os armadores, que geralmente são os mais baixos, são peças fundamentais”. O segredo, diz, “é treinar muito. Cada coisa que você melhora deixa um monte de gente para trás”.
Fonte:Campo Grande News




