23.2 C
Três Lagoas
sábado, 20 de dezembro de 2025

Israel proíbe acesso a local sagrado

27/07/2004 11h23 – Atualizado em 27/07/2004 11h23

A polícia israelense decidiu proibir nesta terça-feira o acesso dos judeus ao Muro das Lamentações [também conhecida Esplanada das Mesquitas], na cidade velha de Jerusalém, ante o temor de distúrbios ou atentados de extremistas judeus, informaram fontes policiais.

A decisão foi tomada nos momentos em que milhares de fiéis judeus estavam reunidos em torno do Muro das Lamentações –o local mais sagrado de sua religião, onde onde são feitas preces e deixados bilhetes com inscrições e pedidos.

O local é tudo que sobrou do Segundo Templo, uma construção anterior ao nascimento de Cristo, que se destinava a abrigar a Arca da Aliança –depósito sagrado das tábuas com os Dez Mandamentos. Os judeus passaram a se reunir ali para orar e lamentar a destruição do templo pelos romanos, em 70 d.C.

O Muro das Lamentações é um dos poucos lugares de Jerusalém em que há esquema de segurança ostensivo. O visitante só tem acesso ao pátio vizinho à muralha após passar por detector de metais e guardas armados que revistam sacolas, bolsas e mochilas.

Curiosamente, o muro serve de apoio para a Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos no mundo, atrás de Meca e Medina.

No sábado (24), o ministro israelense da Segurança Interna, Tzachi Hanegbi, advertiu que há “alto risco” de israelenses extremistas cometerem atentados contra a Esplanada das Mesquitas.

“O risco de que judeus radicais e fanáticos cometam um atentado contra o Monte do Templo ou contra os fiéis em um dos lugares mais sagrados para o islã nunca foi tão alto”, declarou o ministro.

Segundo ele, a segurança israelense identificou crescentes intenções entre os extremistas de direita de realizar ataques contra o local.

“Há indicações preocupantes de um pensamento decidido (…) Há o perigo que [extremistas] possam usar o local mais explosivo [para realizar os ataques], na esperança de que a reação das pessoas possa produzir a destruição do processo de paz”, afirmou o ministro.

Cerca de 15 ativistas de direita se manifestaram nesta terça-feira na frente da casa de Hanegbi para protestar contra a decisão da polícia.

Fonte: Folha Online

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.