30/07/2004 08h00 – Atualizado em 30/07/2004 08h00
Hoje, faz duas semanas que médicos, Ministério Público e direção da Santa Casa firmaram acordo para tentar por fim a crise no maior hospital do Estado. Catorze dias depois de terem assinado o documento, médicos denunciam: não houve contratações, nem reajuste no valor dos honorários. Os neurocirurgiões anunciaram nessa quinta-feira que só vão atender pacientes com mandado judicial.
Segundo os médicos, parte do acordo firmado com a direção do hospital não estaria sendo cumprida. O pagamento dos honorários tem base na antiga tabela e a previsão de dois especialistas por plantão foi esquecida.
Para os especialistas, uma situação insustentável, conforme declarou o médico Pedro Smaniotto. Os neurocirurgiões e angiologistas reclamam da sobrecarga de trabalho.
As novas denúncias também implicam no repasse de recursos públicos para a Santa Casa.
A direção do hospital quer evitar confrontos. Divulgou apenas esta nota informando que o reajuste dos honorários médicos depende do repasse do dinheiro pelo município. A Santa Casa também deve abrir uma sindicância para apurar a falta de materiais.
No meio de toda a crise, a única decisão imediata foi a saída do superintendente do hospital. Isso foi há dez dias e até agora o cargo ainda está vago. Esta semana a Secretaria de Saúde do município encaminhou uma lista tríplice para que o nome do novo superintendente seja escolhido no voto. Estão cotados:
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João Franco, assessor do Ministério da Saúde
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Hélbio Silva, ex-assistente da antiga IBA
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Carlos Augusto Guimarães, que já foi superintendente da Santa Casa.
A escolha será feita por representantes dos médicos, do hospital e do Ministério Público. O nome do novo superintendente da Santa Casa deve ser conhecido no dia três de agosto.
Fonte: Bom Dia MS





