30/07/2004 08h08 – Atualizado em 30/07/2004 08h08
Parlamentares consideram demissão de Candiota insuficiente para encerrar o escândalo e pedem explicações mais consistentes do governo. Na África, presidente Lula confirma confiança no assessor
Com a saída de Luiz Augusto Candiota da Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), o foco agora se volta para o presidente da instituição, Henrique Meirelles. A pressão deve crescer a partir da próxima segunda-feira, quando o Congresso volta do recesso parlamentar.
Líder do PSDB no Senado Federal e crítico ferrenho do governo Lula, Arthur Virgílio (AM) disse ontem que o presidente do BC tem até segunda-feira para apresentar explicações convincentes sobre as acusações. document.write Chr(39)document.write Chr(39)O Meirelles é o guardião da nossa moeda. Não podem pairar dúvidas sobre o presidente do BCdocument.write Chr(39)document.write Chr(39), afirmou.
Virgílio criticou o governo por não ter demitido Candiota. De acordo com o senador, document.write Chr(39)document.write Chr(39)é lamentável que o Candiota só tenha saído após a pressão da sociedadedocument.write Chr(39)document.write Chr(39). document.write Chr(39)document.write Chr(39)O presidente Lula sempre deixa o problema decantar para ver se vira um bom vinho, mas sempre acaba virando vinagredocument.write Chr(39)document.write Chr(39), brincou.
O líder tucano ressaltou ainda que o PSDB não irá trabalhar para poupar Meirelles, que em 2002 foi eleito deputado federal pelo partido em Goiás, renunciando depois ao cargo para assumir o Banco Central. document.write Chr(39)document.write Chr(39)Se ele não apresentar explicações convincentes, na segunda-feira farei um pronunciamento no plenário do Senado para exigir sua saída.document.write Chr(39)document.write Chr(39)
O líder do PDT no Senado, Jefferson Perez (AM), vai mais longe. Para ele, Meirelles deveria ser afastado da presidência do BC até as denúncias serem esclarecidas. document.write Chr(39)document.write Chr(39)O Candiota fez tudo o que um homem público deve fazer. Saiu do governo para não criar constrangimentos enquanto se atesta a veracidade ou não das acusações. O Meirelles também deveria ser afastado, ao menos temporariamentedocument.write Chr(39)document.write Chr(39), defende. document.write Chr(39)document.write Chr(39)Só mesmo em um país onde preceitos éticos estão destroçados é que casos como esse podem não ser considerados graves por um governo.document.write Chr(39)document.write Chr(39)
O senador Agripino Maia (RN), líder do PFL no Senado, ressaltou que a saída de Candiota não põe fim ao caso. Para ele, o ex-diretor do BC ainda precisa ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado, que apura remessas ilegais de dólares para fora do país. document.write Chr(39)document.write Chr(39)O governo está tentando blindar o Meirelles com a demissão do Candiota. Mas ele está enganado se pensa que a demissão colocará no esquecimento as denúnciasdocument.write Chr(39)document.write Chr(39), afirmou.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), comparou a demissão de Candiota ao caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Segundo ele, os dois eram homens de confiança do governo e foram alvo de escândalos, sendo afastados apenas por vontade própria. document.write Chr(39)document.write Chr(39)Mais uma vez fica comprovada a falta de autoridade do governo Lula. Ninguém é demitido por irregularidades. E nenhuma irregularidade é investigadadocument.write Chr(39)document.write Chr(39), afirmou.
Em Cabo Verde (África), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que mantém a confiança no presidente do BC. Sobre o pedido de demissão do diretor de Política Monetária, o presidente acrescentou que Candiota resolveu pedir demissão document.write Chr(39)document.write Chr(39)para lutar pela defesa de sua inocência e de sua integridadedocument.write Chr(39)document.write Chr(39).
Fonte: Correio Braziliense




