05/08/2004 16h53 – Atualizado em 05/08/2004 16h53
O fazendeiro Luis Carlos Tormena, da fazenda Chaparral, em Japorã, a 472 km da Capital, disse há pouco ao Campo Grande News que os guarani-ñandeva já mataram pelo menos 16 animais do seu rebanho de 1.450 animais que ficam na área de 650 hectares. O pecuarista, que mora em Iguatemi, cidade vizinha, relatou que várias madrugadas teve que ir até a fazenda a procura dos animais. “Os caseiros me chamam quando tem problema. Ao invés da polícia ir ao local eu que tenho que ficar com farol procurando os animais e os índios”, explicou.
Tormena enviou vários comunicados para as polícias militar e federal. Agora, aguarda uma solução para mais um impasse na região. O clima volta a ser de animosidade, diz ele que há 22 anos trabalha na região adquirida na época num processo de colonização da fronteira, iniciada pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Segundo Tormena, os indígenas transitam pelas propriedades Remanso Guassú, Paloma e a São Jorge, antiga Agrolak.
Os índios ocuparam 12 fazendas em Japorã, desde o dia 22 de dezembro do ano passado. São pelo menos três mil índios da etnia guarani-caiuá.
Os indígenas reivindicam a ampliação da reserva de Porto Lindo, de 1.648 hectares para 9.400 hectares. Só na Vara Federal de Dourados existem 35 processos envolvendo 180 proprietários de terras, correspondendo a 148 mil hectares.
Fonte:Campo Grande News
