05/08/2004 10h40 – Atualizado em 05/08/2004 10h40
As exportações de lácteos do Brasil, Argentina e Uruguai estão crescendo a taxas bastante elevadas. Segundo Otávio Farias, gerente nacional da trading holandesa Hoogwegt, “exportamos bons volumes de diversas linhas de produtos lácteos desses países”. Otávio afirma que cerca de 1/5 do volume está vindo do Brasil. Até junho, as estatísticas indicam que o Brasil havia exportado 22,2 mil toneladas de lácteos, contra 102 mil toneladas da Argentina para o mesmo período.
“A previsão até o final do ano é que Hoogwegt exporte mais do que o dobro da quantidade importada no Brasil, o que é algo novo em se tratando de um país historicamente importador”, informa ele.
O mercado internacional vem se abrindo não só para leite condensado e leite em pó, mas também para queijos, manteiga e mesmo produtos de maior valor agregado, como fórmulas infantis.
As exportações brasileiras têm sido alavancadas tanto por empresas multinacionais, como a Hoogwegt e a DPA, como por iniciativas nacionais, em especial a trading Serlac, que tem tido importante papel nas exportações brasileiras e que reúne 5 empresas do setor de laticínios, com destaque para a mineira Itambé. Segundo notícias anteriores publicadas no MilkPoint, a Serlac espera vender algo em torno de US$ 30 milhões em 2004.
As perspectivas são animadoras. Segundo Otávio, a progressiva redução nos subsídios europeus tira competitividade da produção da União Européia e abre espaço para outros países, como Nova Zelândia, Austrália e os países do Mercosul, que possuem custo competitivo e potencial de crescimento. Na opinião dele, em função desse cenário, “as exportações de lácteos vieram para ficar”.
A expectativa é que o Brasil termine 2004 com cerca de 40 a 50.000 toneladas exportadas, a um valor médio de US$ 1.600 a 1.800 por tonelada.
Fonte:Famasul



