05/08/2004 10h59 – Atualizado em 05/08/2004 10h59
O presidente regional do PFL, deputado federal Murilo Zauith, advertiu há pouco, durante entrevista ao programa Capital News, da FM Capital, sobre a possibilidade de os adversários políticos utilizarem a máquina administrativa em favor da candidatura à reeleição do prefeito de Dourados, Laerte Tetila (PT).
Murilo disse que hoje a vereadora Bela Barros (PDT) tem todas as condições e apoio político para vencer as eleições em Dourados, mas alertou para o que chamou de “rolo-compressor” por parte do governo estadual e da prefeitura, vindo a prejudicar o projeto das lideranças douradenses visando consolidar a vitória nas eleições de outubro.
O dirigente já enfrentou batalha semelhante nas eleições de 2000, quando perdeu a disputa para o próprio prefeito, apoiado pelo governador Zeca do PT.
“A tendência é nós ganharmos as eleições. Se fizermos uma pesquisa hoje em dourados, a Bela Barros ganha as eleições, como eu tive em Corumbá com o Sandro (Fabi-PMDB)), como o Flávio Kayatt (PSDB), em Ponta Porã. Mas ainda é muito cedo, em setembro nós vamos ver, porque se criou uma nova mentalidade no Estado, de fazer política da que o rolo compresso vem e passa por cima de todas as expectativas. Esperamos que este ano seja uma campanha diferente, que a população possa escolher tranqüilamente quem vai governar seus municípios, sem ter um rolo compressor passando por cima disso tudo”, afirmou.
O poder vale mais para o PT do que qualquer coisa, eles fazem qualquer negócio para se manter no poder, não tem dimensão, nem escrúpulos, fez algumas propostas para o País, não estava preparado e agora não vai tem como cumprir essa agenda. Então a frustração da população é muito grande, ele (Lula) queria chegar ao poder e está fazendo qualquer coisa pra se manter, inclusive alianças, rasgando sua própria história.
Ele afirmou que o PT faz de tudo para se manter no poder e não está cumprindo aquilo que prometeu durante a campanha para presidente da República.
Durante a entrevista, Murilo não descartou o rompimento de algum candidato a vereador que integra a coligação encabeçada pelo deputado estadual Nelsinho Trad (PMDB).
Ele atribuiu a inexperiência política de algum candidato o fato de está ameaçando deixar a coligação do PMDB.
Murilo admitiu que não está acompanhando de perto o desenrolar da campanha na Capital e revelou que não participou da escolha dos candidatos que integram a chapa peemedebista, cuja atribuição, segundo o deputado, ficou a cargo do diretório municipal, presidido pelo vereador Airton Saraiva.
Cestas básicas
Na quarta-feira, na Assembléia Legislativa, o líder do PSDB, Waldir Neves, ocupou a tribuna para protestar contra o mau uso do programa Segurança Alimentar pelo governo do Estado.
O tucano referiu-se ao veto do governador Zeca do PT a projeto de sua autoria, em parceria com os deputados Roberto Orro (PDT) e Zé Teixeira (PFL), que institui o uso do cartão magnético para receber o benefício. Na prática, o projeto dos parlamentares foi elaborado com a intenção de não permitir o uso político na distribuição de cestas básicas.
“O governo precisa trazer resultados no atacado e não no varejo. A CCJ não deve continuar sendo apêndice do poder Executivo, tem de ter autonomia, independência, não pode se curvar a um governador que tem mostrado a cada ato seu autoritarismo”, protestou Waldir, destacando que Zeca desrespeitou a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, ao vetar totalmente a matéria já aprovada pela CCJ.
Em aparte, a deputada Celina Jallad (PMDB) destacou que a distribuição de cestas básicas tira o direito do cidadão de anular a politicagem realizada através do benefício.
“Zeca cassa o direito do cidadão de anular a politicagem com a distribuição da cesta básica. É uma pena que o governador não cumpra os discursos do passado e jogue essa oportunidade do cidadão no lixo, se aproveitando da miséria do cidadão”, disparou a parlamentar.
O deputado Nelsinho Trad (PMDB) também discordou do veto, afirmando que o programa de distribuição de cestas básicas é eleitoreiro.
Material fornecido pela assessoria do deputado
“Este programa tira a liberdade de consciência das pessoas, força o cidadão a reconhecer através da fome este programa eleitoreiro. Temos que ressaltar esse espírito de liberdade para que possamos derrubar este veto”, protestou.
Fonte:Reporter MS
