05/08/2004 16h10 – Atualizado em 05/08/2004 16h10
O governador Zeca do PT afirmou que a direção da Companhia Vale do Rio Doce deve apresentar até o final deste mês uma proposta oficial para a empresa liderar o projeto de implantação do pólo minero-siderúrgico em Corumbá. O estudo foi anunciado hoje pelo diretor-presidente da Companhia, Roger Agnelli, , durante reunião com Zeca e o senador Delcídio do Amaral.
“Concretamente combinamos que no mais tardar até o final do mês de agosto a Vale do Rio Doce vai nos apresentar uma proposta oficial, uma manifestação de interesse de liderar o processo e quais condições que se pode viabilizar o pólo siderúrgico de Corumbá, ou seja, com relação aos preços da energia e do gás”, disse Zeca. “A partir daí o governo do Estado e a bancada federal vão se articular junto ao governo federal para reivindicar o que for necessário para tornar o projeto uma realidade para o bem de Mato Grosso do Sul”, ressaltou o governador.
Na oportunidade, Zeca voltou a destacar que o macroprojeto dos pólos minero-siderúrgico e gásquímico vai mudar o perfil econômico de Mato Grosso do Sul. Ele disse que a iniciativa significa diversificar a economia do Estado, hoje polarizada no boi e na soja: “Esses projetos apontam para um novo modelo de desenvolvimento, sustentando o crescimento com a industrialização dos minerais de ferro e manganês e o melhor aproveitamento do gás boliviano”.
O governador avaliou que o preço diferenciado do gás para Mato Grosso do Sul (US$ 1,5 por milhão de BTUs) será um grande estímulo para viabilização dos macroprojetos dos pólos mínero-siderúrgico e gasquímico (binacional Brasil-Bolívia). Outro fator positivo, segundo ele, é a logística de transporte a partir dos corredores bioceânicos que vão diminuir a distância de Mato Grosso do Sul em relação ao mercado asiático em pelo menos 7 mil quilômetros. “Nós já temos uma logística rodo-hidro-ferroviária, o gás boliviano com preço competitivo e a termelétrica já em obra em Corumbá. Objetivamente tudo isso nos permite todas as condições para implantar esses projetos de desenvolvimento em Mato Grosso do Sul”, enfatizou o governador.
Segundo informações da Agência Popular, a implantação do pólo gasquímico Brasil-Bolívia, em Corumbá, está sendo encabeçado pela Petrobrás. O investimento previsto é de US$ 1,3 bilhão. A expectativa é de que seja ativado em 2010, gerando empregos cujos salários somados, em 15 anos, chegarão a US$ 1,5 bilhão (empregos diretos). No mesmo período serão gerados dois mil empregos indiretos, o equivalente a US$ 3 bilhões. Na fase de instalação do pólo vão ser gerados entre cinco mil e seis mil empregos diretos, com a renda conjunta dos trabalhadores atingindo US$ 220 milhões.
Fonte:Campo Grande News




