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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Políciais negam participam em crime no Guarujá

07/08/2004 09h10 – Atualizado em 07/08/2004 09h10

Os agentes do Mato Grosso do Sul tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pelo juiz Luiz Francisco Tromboni, do Fórum de Guarujá, e no início da noite de ontem foram encaminhados ao Presídio Especial da Polícia Civil de São Paulo, na Capital. Antes, eles prestaram longo depoimento e negaram qualquer ligação com a execução do empresário.

Segundo os suspeitos, eles viajaram de Campo Grande até Guarujá para tentar localizar um estelionatário que agiu no Mato Grosso do Sul. Porém, a suposta diligência não havia sido determinada por superiores e nem poderia. Higa e Furtado alegaram que tentariam ‘‘pressionar’’ o golpista, admitindo a intenção de realizar um ‘‘acerto’’ com o marginal para não prendê-lo.

Para a alegada localização do estelionatário, os agentes se hospedaram de quarta até quinta-feira no Capitânia Varam Flat Service, onde coincidentemente morava o empresário com a sua mulher. A coincidência é ainda maior se considerado o fato de os suspeitos terem ocupado uma suíte vizinha à da vítima. Furtado e Higa disseram que não conheciam Antônio Ribeiro Filho.

Perícias

O delegado Rui Augusto Silva classificou o caso como um ‘‘quebra-cabeças’’, cujas peças devem ser encaixadas. Ao serem presos no aeroporto, os agentes portavam cinco celulares, cujas ligações feitas e recebidas estão sendo checadas. Esse trabalho exige tempo, paciência e dedicação, porque são inúmeros os telefonemas a serem investigados.

Os suspeitos também foram submetidos a exame residuográfico, que poderá detectar em suas mãos vestígios de chumbo e pólvora decorrentes de disparo de arma de fogo. Os policiais sul-matogrossenses portavam duas pistolas de calibre ponto 40, da Polícia Civil daquele estado, que também serão confrontadas com os três projéteis recolhidos no corpo do empresário.

Os laudos das perícias solicitidas ainda não têm datas definidas para serem concluídos. Além disso, os policiais de Guarujá tentam obter mais indícios contra a dupla presa e outras pessoas eventualmente envolvidas no assassinato. O delegado Silva, por fim, declarou que os depoimentos dos dois agentes apresentam contradições entre si e são objetos de minuciosa análise.

A prisão em São Paulo dos dois agentes do Mato Grosso do Sul está tendo grande repercussão naquele estado. Segundo a relações-públicas da Polícia Civil sul-matogrossense, delegada Vilma Fátima de Carvalho, o agente Higa teria pedido autorização para se ausentar do trabalho nesta semana, justificando que passaria por tratamento médico em Belo Horizonte.

O diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, delegado Wagner Silva, estaria tentando obter as principais peças do inquérito instaurado na Delegacia de Guarujá para dar início a um processo disciplinar. Ele também comunicou o episódio ao secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Braga, sobre a medida de ordem administrativa que pretende adotar.

Fonte:Dourados News

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