11/08/2004 09h57 – Atualizado em 11/08/2004 09h57
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou hoje, que é favorável à criação do Conselho Nacional de Jornalistas (CNJ) desde que esse órgão “seja absolutamente independente, como sempre foi a OAB”. Ele lembrou que a entidade que congrega quase 500 mil filiados no País tem os seus conselhos nacional e estaduais “organizados exclusivamente por advogados, sustentados com a contribuição dos advogados e administrados por advogados escolhidos por via das eleições a cada três anos”.
“Com liberdade de imprensa não se brinca”, afirmou Busato, lembrando que se for para controlar a imprensa no Brasil a OAB será a primeira a lutar para que o projeto que cria o CNJ seja derrotado no Congresso Nacional. A seu ver,, o objetivo do Conselho é a seleção e a organização da categoria. O apoio da OAB é no sentido de fortalecer a categoria e jamais para que o Estado possa exercer qualquer tipo de pressão. “Isso é inadmissível”, afirmou o presidente da OAB.
Assim como a OAB, o Conselho Federal de Jornalistas precisa, segundo Busato, ser um organismo totalmente independente, sem a mínima possibilidade de participação de qualquer governo ou de interesses político-partidário. O Conselho deve atar exclusivamente no sentido de dar uma força ao jornalista no sentido de protegê-lo em relação a pessoas que não tenham a qualificação necessária para exercer a profissão, bem como a interesses que não sejam estritamente ligados ao exercício da profissão.
O presidente da OAB lembrou que o projeto que cria o CNJ foi desenvolvido pela Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas. Ele estava “dormindo” nas gavetas do Palácio do Planalto desde o governo FHC. O importante , na sua opinião, é que o projeto foi encaminhado para o Congresso Nacional, foro adequado para os debates em torno da importância da sua criação. “Mas, repito para que não fique nenhuma dúvida em relação à posição da OAB, na pessoa do seu presidente, sobre o CNJ: o projeto tem o nosso apoio desde que seja absolutamente independente como é, e sempre foi, a Ordem dos Advogados do Brasil”, sustentou Busato.
Fonte:Dourados News




