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sábado, 13 de dezembro de 2025

Diniz falou ao telefone com Cachoeira 248 vezes

11/08/2004 09h03 – Atualizado em 11/08/2004 09h03

O relatório da CPI da Loteria do Rio de Janeiro na Assembléia Legislativa revelou que Waldomiro Diniz e o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, conversaram 248 vezes por telefone de fevereiro de 2001 a março de 2004.

Segundo informações da rádio CBN, pelo menos 100 ligações teriam ocorrido durante o período em que Waldomiro Diniz ocupou a subchefia de Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presidência da República.

De acordo com o registro das ligações, obtido pelos deputados com a quebra do sigilo telefônico dos acusados, Cachoeira telefonou 209 vezes para Waldomiro, que retornou 39 ligações.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), um dos relatores da CPI, disse que as ligações comprovam a relação próxima entre Waldomiro e Cachoeira. “Investigamos a relação entre Waldomiro e Cachoeira, e constatamos que era uma relação forte, bem próxima. Nem com a minha mulher eu falo com tanta freqüência como eles se falaram. Existia aqui, e continuou a existir lá (em Brasília). Um procurava o outro com insistência”.

Sem citar nomes, o presidente da CPI, deputado Alessandro Calazans (PV), defendeu que seja feito à Justiça o pedido de prisão de acusados no relatório final, que deverá ser votado na próxima semana. A decisão ainda será discutida pelos nove integrantes da comissão.

O caso Waldomiro Diniz

Waldomiro Diniz é acusado de pedir propina e contribuições de campanha em troca de uma concorrência pública para o empresário do Jogo do Bicho Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2002, quando presidia a Loterj. Waldomiro foi flagrado em um vídeo gravado pelo próprio Cachoeira. Em acareação na CPI, Waldomiro e Cachoeira se acusaram de chantagem.

Na época, Waldomiro ainda tentou negar as imagens, mas acabou confessando que entregou R$ 100 mil oriundos do jogo do bicho para a campanha eleitoral do PT.

Outra denúncia, que acusa Waldomiro de irregularidades cometidas pelo na renovação de contrato de R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional GTech, foi rejeitada pela Justiça Federal.

Fonte:Terra

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