16/08/2004 10h21 – Atualizado em 16/08/2004 10h21
Ontem, 15 de agosto, foi comemorado do Dia do Solteiro. A data foi celebrada com otimismo e alegria pelos “solteirões” espalhados pelo país.
De acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há pelo menos 74 milhões de solteiros no país. Se adicionarmos os divorciados ou os casamentos extra-oficiais, são mais de 85 milhões de pessoas “disponíveis” em todo o Brasil. Na maior parte das vezes, a fuga do casamento aconteceu de forma voluntária e opcional. Muitas pessoas optam pela vida solitária, sem as cobranças e imposições de uma vida a dois. Para outros, a solidão é apenas temporária.
Estes aguardam apenas o momento mais adequado para a oficialização do compromisso, ou ainda não encontraram o companheiro ideal. É o caso da enfermeira Márcia Maria Ribeira Lopes, 25. Formada há três anos, ela conta que ainda aguarda a ascensão profissional e pessoal. “Deve ser um conjunto de fatores: encontrar a pessoa certa, no momento certo e estar em uma boa condição financeira e profissional”, opinou Márcia, namorada de Wisley há pouco menos de um mês. “Ainda estamos nos conhecendo, e é muito cedo para prever alguma coisa. Acredito que a idade ideal para o casamento seja por volta dos trinta anos”, resumiu a enfermeira, que também sonha com a maternidade. “Esta foi uma decisão principal desde menina. Ser mãe, para mim, é uma prioridade”, completou.
Já a professora Inez Bitencourt do Amaral, 39, tem uma opinião totalmente contrária com relação ao casamento. Convicta na decisão de não ter filhos, ela acredita que a felicidade pode ser conquistada de outras formas que não o casamento. “Para um relacionamento feliz e recíproco, não há necessidade de convenção. A felicidade não está condicionada a uma aliança ou papel”, afirma, ao citar a liberdade como maior vantagem da vida de solteira. Sobre a possibilidade de um possível casamento no futuro, ela conta que ainda espera encontrar a pessoa certa.
SOLIDÃO
Para grande parte dos solteiros, o ponto mais crítico da ausência de um companheiro está na solidão.
Para o professor Paulo Portuga, 38, a solidão tem um peso bastante forte. O geógrafo, que já foi casado durante nove anos, lembra que o solteiro, mesmo em meio a festas e amigos, está sempre sozinho. “Sinto muita falta de ter alguém ao meu lado, com quem possa contar em todas as horas”, explicou. Para fugir da solidão, Portuga diz que se diverte com amigos e também com a namorada, Aline. Pai de Luana, 16, e Solano, 12, Portuga mora sozinho e vê os filhos a cada quinze dias. “Ainda penso em casar novamente e constituir uma família. Ser solteiro é apenas uma ocasião”, finalizou.
Fonte:Diário MS




