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domingo, 21 de dezembro de 2025

Arcanjo é indiciado em mais quatro homicídios

19/08/2004 09h24 – Atualizado em 19/08/2004 09h24

O bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi indiciado ontem como mandante do assassinato de mais quatro pessoas. Na lista, está o empresário Mauro Sérgio Manhoso, executado a tiros em outubro de 2000 por, supostamente, estar tentando implantar uma espécie de raspadinha que iria concorrer com o jogo do bicho em Cuiabá e Várzea Grande.

Com mais esses quatro, Arcanjo deverá responder como mandante de oito assassinatos. Ele já foi indiciado pela execução do empresário Sávio Brandão, do radialista Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy Filho e do cabo Valdir Pereira. O delegado João Bosco de Barros concluiu o inquérito e o encaminhou para o Fórum Criminal.

As investigações apontam que Arcanjo pagou R$ 8 mil pelo crime de Mauro Manhoso. Desse total, R$ 3 mil chegaram ao bolso do ex-cabo PM Hércules Araújo Agostinho, que participou da execução junto com o ex-soldado Célio Alves de Souza.

Além de Manhoso, Arcanjo foi indiciado como mandante pelo assassinato dos jovens Mauro Celso Ventura de Moraes, Leandro Gomes dos Santos e Celso Borges, que foram mortos e enterrados no bairro São Mateus em Várzea Grande, em junho de 2001.

Os três morreram porque tinham assaltado uma banca do jogo do bicho localizada em frente do residencial São Carlos. Nos quatro assassinatos, aparece o nome do sargento José Jesus de Freitas – fuzilado por Célio e Hércules em abril de 2002 – como intermediário.

Segundo o delegado, Arcanjo foi apontado por Hércules, no final de maio, durante interrogatório sobre os quatro assassinatos. Hércules apontou o Célio como sendo a pessoa que explicava sobre os crime encomendados por Arcanjo.

Hércules garantiu que Célio fazia as negociações e encarregava de trazer-lhe o dinheiro combinado. O ex-cabo disse que nunca conversou com o bicheiro. Esse trabalho era feito pelo cobrador de dívidas João Leite e por sargento Jesus.

Mauro Manhoso era dono da Prodados, empresa que prestava serviços de informática e fornecia programas de computador para a realização de bingos. Manhoso e seu sócio, Warnes Padovani, teriam a intenção de lançar no mercado uma raspadinha, o que contrariava os interesses de Arcanjo, detentor do jogo de bicho por meio da Colibri Loterias.

Manhoso tinha acabado de sair da sua empresa, a Prodados, e ia buscar sua filha na escola. Por volta das 18h30, ao descer a rua Desembargador Ferreira Mendes, próximo à esquina com a Barão de Melgaço, dois homens, aproveitando o trânsito lento, emparelharam a moto e começaram a atirar.

Foram nove disparos nas costas, braço e cabeça. O carro do empresário, um Saveiro, desceu a rua e bateu 40 metros abaixo na calçada da Assembléia Legislativa. Os assassinos fugiram pela Barão do Melgaço e entraram na contramão da avenida Dom Bosco, conforme revelou uma testemunha.

Fonte:Diário de Cuiabá

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