20/09/2004 10h25 – Atualizado em 20/09/2004 10h25
A Operação Boiadeiro, que envolve 15 barreiras do Exército nos municípios de Mato Grosso do Sul fronteiriços com o Paraguai deve ser prorrogada por mais 60 dias, segundo afirma o delegado federal de Agricultura, José Antônio Roldão. “A operação terminaria no fim deste mês, mas seguramente teremos a prorrogação”, afirma o delegado.
O que motiva a ação são as suspeitas de febre aftosa entre bovinos do Paraguai, reforçada por uma segunda suspeita, segundo divulgaram os jornais do País vizinho no fim da semana passada. O Exército está em barreiras desde 30 de agosto, quando foram estabelecidas as cinco primeiras.
Roldão afirma que por enquanto não há nada oficial e permanece o laudo apresentado pelo Paraguai, de rinotraqueíte. A confirmação do que acomete os animais vai ocorrer durante o rastreamento nos 50 quilômetros da faixa de fronteira que já está em andamento. “Por enquanto não encontramos nem sintomatologia, nem nada. O que temos são boatos circulando nos jornais paraguaios sobre outra suspeita de enfermidade”, afirma.
A revacinação começou na semana passada, por Paranhos e pretende atingir quase 300 mil animais de mamando a caducando. O delegado federal de Agricultura, explica que o trabalho de imunização está sendo feito dosado, devido ao tempo seco, para evitar estresse dos animais. A princípio os técnicos da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) estão entrando em pequenas fazendas.
No dia 6 de outubro deve ocorrer uma nova reunião de autoridades sanitárias, possivelmente do lado paraguaio. Roldão afirma que o compasso ainda é de espera e prevenção, enquanto não se confirma oficialmente algum foco de febre aftosa. “Enquanto não houver notificação não muda nada. Do contrário isso nos leva a tomar outras decisões como, por exemplo, suspender a importação de carne paraguaia”, diz o delegado. A Operação Boiadeiro envolve recursos de R$ 400 mil.
Fonte:Coxim News