28/09/2004 10h57 – Atualizado em 28/09/2004 10h57
Coxim News
Representantes dos departamentos da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) receberam ontem, 27, a visita de uma delegação do Ministério da Educação de Cuba interessada em conhecer os projetos do MEC para melhorar a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.
A delegação também está divulgando a realização do 1º Congresso Mundial de Alfabetização
“Queremos fazer um intercâmbio, bilateral e multilateral das melhores experiências educacionais”, disse Guillermo Palmero, diretor-geral do Intercâmbio Científico de Cuba ao apresentar 1º Congresso Mundial de Alfabetização. O evento será realizado entre janeiro e fevereiro do ano que vem, em Havana. “Não queremos só mostrar o que se faz em nosso país, mas trocar informações, experiências e debater sobre elas.” São esperadas entre quatro e seis mil pessoas do mundo todo. “Fazemos o nosso convite para que o maior número possível de professores brasileiros participem do congresso.” A programação de evento inclui palestras, cursos, visitas a escolas e contato com professores cubanos para troca de experiências.
Segundo Palmero, Cuba passa pela terceira fase de sua revolução na educação: “Os professores dos três últimos anos do secundário – que correspondem às 6a, 7a e 8a séries no Brasil – terão no máximo 15 alunos na sala de aula e trabalharão tendo como apoio a televisão e o videocassete”. Mas ele explica não se tratar de substituir o professor por equipamentos. “O docente trabalha no aprofundamento do tema trazido pelos dois canais educativos e nas dificuldades dos alunos.”
Nesta fase, o ministério daquele país quer estreitar o vínculo entre a escola e a família. “O número reduzido de alunos por professor facilita essa estratégia, fundamental para a qualidade da aprendizagem”, disse Palmero. As duas primeiras fases, segundo ele, foram a grande campanha de alfabetização a partir de 1961 e a universalização da educação a partir da formação de professores e construção de escolas.