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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Traficante paraguaio executado em SP

28/09/2004 10h59 – Atualizado em 28/09/2004 10h59

Diário MS

Um dos líderes do cartel de Capitán Bado, fronteira com Coronel Sapucaia, Mato Grosso do Sul, o paraguaio Hugo Rodríguez foi executado a tiros na área central de São Paulo (SP).

Rodriguez assumiu o comando do Cartel “badeño” após a prisão do narcotraficante internacional Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”.
O paraguaio foi fuzilado na quinta-feira passada por membros de uma quadrilha supostamente a mando de Beira-Mar.

Segundo o jornal paraguaio ABC Color, Rodriguez caiu em uma emboscada quando chegava a uma casa onde pretendia concretizar uma negociação envolvendo drogas.
Ele teria ido ao local, sem guarda-costas e apenas acompanhado por uma mulher e uma criança que teriam saindo ilesas do ataque que resultou no assassinato do traficante.

No entanto, policiais do Departamento Internacional Anti-Drogas (Dinar), divisão que combate o tráfico em território paraguaio, não souberam informar a quantidade de disparos de arma de fogo que mataram Rodriguez e nem se houve outras vítimas.
“Temos poucas informações do acontecido. E o que sabemos é baseado em conversas telefônicas com federais brasileiros”, disse anteontem um agente da Dinar, ao jornal paraguaio.

Junto com Magno Rios, Rodriguez comandava uma poderosa rede dedicada a introduzir toneladas de maconha nos grandes centros brasileiros, como Rio de Janeiro e São Paulo. A facção criminosa tinha também associação com o traficante Líder Cabral.
Cabral saiu de Capitán Bado, após sofrer um ataque de uma quadrilha, que invadiu sua residência, em janeiro de 2002. No tiroteio, dez “pistoleiros” do bando de Líder e o seu filho de apenas 3 anos foram mortos.

Depois da tragédia, Cabral foi para Salto del Guairá, onde monopolizou a produção de maconha nos departamentos de Canindeyú e Alto Paraná, fronteira com os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, respectivamente.
Desde então, Rios e Rodrigues assumiram o cartel de Bado e chefiavam numerosas operações de tráfico de maconha do Paraguai para o Brasil.

Os agentes da Polícia Federal do Brasil e da Polícia Anti-Droga do Paraguai têm informações de que Beira-Mar tinha dado ordem para que Rodriguez fosse aniquilado, bem como os outros oponentes dele na região de Capitán Bado.
A ordem foi dada depois que o traficante brasileiro perdeu o controle do cartel com a prisão de seu principal operador financeiro, o primo Jaime Amato Filho.

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