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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Maninho morre fuzilado em emboscada em Jacarepaguá

29/09/2004 08h57 – Atualizado em 29/09/2004 08h57

Globo online

Está sendo velado na quadra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro o corpo do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, de 42 anos, fuzilado na noite desta terça-feira. O presidente do conselho fiscal da escola de samba foi assassinado quando deixava a academia de ginástica Body Planet, em Jacarepaguá.

Seis tiros de fuzil foram disparados. Quatro balas atingiram Maninho no tórax e em um braço. Ele acabara de deixar seu filho, Waldemir Paes Garcia Júnior, o Mirinho, de 15 anos, no local. As primeiras informações davam conta de que o jovem estaria na garupa da moto e também teria sido atingido pelos tiros, o que foi desmentido depois.

Os matadores de Maninho ocupavam um Fiat Brava verde, roubado ontem mesmo na Tijuca. O contraventor pilotava sua motocicleta, uma Kawasaki Ninja de mil cilindradas, quando sofreu a emboscada. Ele foi levado para o Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. Maninho estava sem segurança no momento em que sofreu a emboscada, o que causou estranheza à polícia já que o bicheiro sempre andava com um grupo de três ou quatro seguranças.

O circuito interno de vídeo da academia deve ajudar a polícia na identificação dos criminosos. Pelo menos duas câmeras podem ter gravado a movimentação dos assassinos. A polícia recolheu as fitas do circuito.

Maninho era filho do bicheiro Waldomiro Garcia, o Miro, presidente de honra do Salgueiro, na Tijuca, e membro da cúpula do jogo de bicho no Rio e em outros estados. O velho bicheiro está doente e com problemas de visão (causados por retinóide pigmentar). Além do Salgueiro, Maninho era patrono da escola de samba Alegria da Zona Sul, em Copacabana (comunidades do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho). A escola desfila no Grupo de Acesso. Originalmente azul, verde e branca, a Alegria da Zona Sul mudou as cores para vermelho e branco (as mesmas do Salgueiro).

Em outubro de 1998, outro bicheiro, Paulo de Andrade, o Paulinho Andrade, foi morto a tiros na Barra da Tijuca. Filho de Castor de Andrade, Paulinho estava em seu Cherokee com seu segurança Haroldo Alves Bernardo, que também morreu. Um primo de Paulinho, Rogério Andrade, foi condenado como o mandante do assassinato.

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