28 C
Três Lagoas
sexta-feira, 2 de maio de 2025

Cientistas usam arsênico contra tipo de leucemia

30/09/2004 15h15 – Atualizado em 30/09/2004 15h15

Reuters

Ele é mais conhecido como veneno, mas o arsênico pode ter um novo papel no tratamento da leucemia, disseram na quarta-feira pesquisadores iranianos. Eles estão tão impressionados com os resultados de testes com pacientes de um tipo raro de leucemia que chegaram a sugerir sua utilização como tratamento inicial.

Num estudo descrito num encontro europeu de oncologia, em Genebra, os pesquisadores disseram que o arsênico foi eficaz contra a leucemia promielocítica aguda (LPA), um câncer do sangue e da medula óssea que afeta células mielóides e os leucócitos. “Já houve alguns estudos usando o arsênico … mas somos o primeiro grupo a sugerir que ele é aceitável como tratamento de escolha”, disse Ardeshir Ghavamzadeh, da Universidade de Ciências Médicas de Teerã, em um comunicado.

Noventa por cento dos 63 pacientes que nunca tinham recebido tratamento para a doença apresentaram remissão total depois de duas séries de tratamento com arsênico. Mais de 88 por cento continuavam vivos, com um tempo médio de sobrevivência de quase três anos. “Isso significa que temos a possibilidade de oferecer aos pacientes de PLA um novo tratamento de escolha que evita a quimioterapia convencional”, disse Ghavamzadeh.

A LPA, que vitima cerca de 20 mil pessoas no mundo, é mais comum em idosos. É um subtipo da leucemia mielóide aguda, a forma mais comum de leucemia em adultos.

Compostos de arsênico vêm sendo usado há milhares de anos na medicina, remontando à China e à Roma da Antiguidade. Nos anos 1980, pesquisadores chineses começaram a testar seu uso contra a leucemia, depois de descobrirem que ele era um ingrediente ativo em alguns medicamentos fitoterápicos tradicionais.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.