14/10/2004 10h29 – Atualizado em 14/10/2004 10h29
Folha online
O enterro do traficante Irapuan David Lopes, o Gangan, 35, morto durante uma operação policial realizada na madrugada desta quarta-feira no morro de São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, está previsto para as 17h desta quinta, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste).
Ele era apontado como o chefe do tráfico nos morros de São Carlos, do Querosene, do Zinco, Serrinha, Morro Azul e morro dos Macacos. Também forneceria drogas para o morro do Vidigal e para a favela da Rocinha.
O chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, afirmou que a prisão de Gangan era uma prioridade, “por causa da ascensão que ele tinha dentro do tráfico de drogas no Rio de Janeiro”. “Ele tinha uma articulação com morros como a Rocinha, complexo do São Carlos, morro dos Macacos. A morte do Irapuan desarticula essa organização dentro da facção.”
Cerca de 60 policiais ocuparam, por tempo indeterminado, o morro após a morte do traficante, com o objetivo de garantir a segurança no local.
Gangan era apontado como líder da parceria firmada entre as facções TC (Terceiro Comando) e ADA (Amigo dos Amigos) e dominava várias favelas. Ele também foi acusado de participar do tiroteio ao prédio da Prefeitura do Rio, em 2002.
A Secretaria da Segurança afirma que, por volta das 4h desta quarta, os policiais foram informados de que o traficante estaria em uma casa no morro.
Apenas nove policiais civis foram convocados para a operação, ao lado do delegado Álvaro Lins, porque a polícia temia que a informação sobre a localização do traficante vazasse.
A secretaria diz, ainda, que Gangan estava armado com uma pistola, reagiu e acabou baleado. Ele chegou a ser levado ao Hospital Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
