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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Redução estomacal pode causar danos

15/10/2004 09h06 – Atualizado em 15/10/2004 09h06

Terra

As pessoas que para perder peso se submetem à redução de estômago correm o risco de sofrer problemas neurológicos, advertiram cientistas americanos nesta quinta-feira.

Em um artigo publicado na revista Neurology, os pesquisadores da Clínica Mayo (Minnesota) informaram que um número grande de pessoas que se submeteram a uma redução estomacal desenvolveram uma neuropatia periférica, ou seja, lesões nos nervos fora do cérebro e da medula espinhal.

Em sua pesquisa, os cientistas determinaram que 16% das pessoas que se submeteram à cirurgia apresentaram problemas que vão desde uma leve cócega até a dormência das extremidades, dores fortes e enfraquecimento paralisante que deixou os pacientes em uma cadeira de rodas.

No entanto, o neurologista disse que os pacientes submetidos à redução estomacal que participaram de programas nutricionais antes e depois da intervenção em geral não sofreram esse problema. “Achamos que o dano neurológico pode ser prevenido em grande medida”, disse Dyck.

O pesquisador e seus colegas identificaram alguns fatores de risco para os problemas neurológicos, entre eles uma perda de peso excessivamente rápida, ausência de um suplemento nutricional, náuseas prolongadas e vômitos. Eles acrescentaram que a melhor forma de prevenir a neuropatia periférica é seguir um bom programa de atenção nutricional antes e depois da operação.

“Os cirurgiões que realizam operações para a redução de peso e o público em geral deveriam saber que o dano neurológico é uma conseqüência freqüente dessa intervenção”, disse James Dyck, neurologista da Clínica Mayo e diretor da pesquisa.

Michael Sarr, cirurgião especialista em operações deste tipo e um dos supervisores deste estudo reconheceu que a redução estomacal é uma intervenção cirúrgica perigosa. No entanto, destacou que se trata de um risco calculado, porque a obesidade mórbida é uma ameaça para a vida, que pode causar apnéia, diabete que não se pode tratar com insulina, excesso de substâncias gordurosas no sangue e doenças coronárias.

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