16/10/2004 09h38 – Atualizado em 16/10/2004 09h38
CG News
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) atendeu pedido da Polícia Civil paulista e quebrou o sigilo telefônico do ex-governador de Mato Grosso Júlio José de Campos, apontado como suposto mandante da morte de um empresário e um geólogo. O crime teria sido cometido por um policial militar de Mato Grosso do Sul, já preso. Conforme o jornal A Tribuna Digital, a Polícia aguarda agora resposta da corte a pedido de quebra de sigilo bancário.
Conforme o jornal, a advogada Patrícia Quessada Milan, de Cuiabá, teria ingressado com habeas corpus em favor de Nauriá Alves de Oliveira e do ex-policial militar e segurança Delci Balleiro da Silva, ambos funcionários de Campos. Eles constam como novos sócios da empresa Cedro Bom, dona de fazenda que teria jazidas de pedras preciosas e pertencia às vítimas, o empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly, mortos a tiros, respectivamente, em Guarujá e em São Paulo. O empresário teria sido representante do governo de Júlio Campos em São Paulo na década de 80.
Três policiais de Mato Grosso do Sul estão presos por envolvimento no crime, o PM Nelson Barbosa de Oliveira, apontado como autor dos assassinatos, o policial civil da ativa Eduardo Minare Higa e o policial civil aposentado Ezequiel Liete Furtado. Além deles há um quarto suspeito foragido- o funcionário da Secretaria de Receita e Controle em Campo Grande Alberto Aparecido Rodrigues Nogueira, o Betão. A polícia também procura uma quinta envolvida, uma mulher que teria se hospedado com os policiais no município de Guaraju, onde Antônio Ribeiro Filho foi morto. O geólogo foi morto em São Paulo, capital, no Bairro do Morumbi.