16/10/2004 10h34 – Atualizado em 16/10/2004 10h34
CG News
Três temas devem concentrar os debates no Congresso Nacional a partir da próxima terça-feira. O Orçamento Geral da União para o ano que vem, a necessidade de aprovar o projeto que regulamenta as Parcerias Público-Privadas (PPP) e a sucessão na mesa da Câmara e do Senado.
A análise é do senador Delcídio do Amaral (PT/MS), principal nome cotado para assumir a liderança do governo no Senado a partir de 2005. As votações no parlamento devem ser retomadas no dia 19.
A proposta orçamentária de 2005 precisa ser aprovada até o fim de dezembro e os debates vão ser acirrados, analisa o senador. “Particularmente, vou trabalhar no sentido de garantir o maior número possível de emendas que destinem recursos para Mato Grosso do Sul, com prioridade para as áreas de habitação, saneamento básico e infra-estrutura urbana”, adianta, dizendo que a bancada de Mato Grosso do Sul está unida.
Na quinta-feira, Delcídio se reúne com o Ministro das Cidades, Olívio Dutra, para discutir detalhes do Orçamento e a tramitação do projeto no Senado.
Como membro da Comissão de Infra-estrutura do Senado, Delcídio quer garantir a aprovação das PPPs até o fim do ano. Na terça-feira a Frente Parlamentar da Infra-estrutura, que reúne parlamentares da Câmara e do Senado, vai se reunir em um café da manhã para definir emendas que permitam aperfeiçoar o projeto, informa a assessoria do senador.
“Desde que tomei posse, no início do ano passado, venho alertando que o grande gargalo para o desenvolvimento do Brasil é a infra-estrutura. O racionamento de energia que o governo foi forçado a adotar em 2001 é uma prova disso. Só naquele ano, o PIB recuou 3%”, analisa Delcídio.
Na visão do parlamentar, não adianta o Brasil atingir sucessivos recordes na agricultura, pecuária e na indústria se não tiver alternativas de escoamento da produção.
Devem participar do café da manhã com Delcídio os senadores Sérgio Guerra (PSDB/PE), Rodolpho Tourinho (PFL/BA), José Jorge (PFL/PE), Aelton Freitas (PL/MG), e os deputados federais Paulo Octávio (PFL/DF) e Eduardo Gomes (PSDB/TO).
Delcídio disse que os debates sobre a sucessão nas mesas da Câmara e do Senado devem provocar polêmica. Para que a reeleição dos atuais dirigentes seja possível é preciso mudar o regimento das duas casas, através de um projeto que precisa ser aprovado na Câmara e, posteriormente, no Senado.