18/10/2004 09h57 – Atualizado em 18/10/2004 09h57
MS Noticias
O transporte de passageiros no Sudoeste de Mato Grosso do Sul já está operando dentro de um novo modelo, idealizado pelo governo do Estado e colocado em prática em parceria com a empresa transportadora que opera naquela região. Desde o dia 27 de setembro os passageiros já sentiram as primeiras mudanças obtidas por meio do Projeto Seriema, coordenado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan). A Diretoria da Agência, juntamente com a direção da empresa acompanhou durante todo o dia o andamento das mudanças no terminal de Jardim. O prefeito municipal também esteve no local.
Os horários de linhas disponíveis aumentaram, houve adequação de trajetos e implantação de viagem expressa. Todas estas inovações tornaram o deslocamento mais rápido. Um passageiro de Porto Murtinho, por exemplo, agora pode chegar à Capital viajando até uma hora a menos do que antes.
O novo modelo transformou Jardim em município-sede de um pólo regional formado também pelas cidades de Bonito, Guia Lopes, Caracol, Bela Vista, Nioaque e Porto Murtinho.
Estas cidades agora têm melhores opções de deslocamento entre si e até Jardim, destino de grande parte dos cidadãos que viajam na região. “Jardim já funciona naturalmente como um pólo por sua infra-estrutura e por sediar serviços que a população da redondeza precisa”, explica o diretor-presidente da Agepan, Anízio Tiago. “O que o Projeto Seriema fez foi adequar o transporte, de forma a induzir e ao mesmo tempo suportar este crescimento regional”.
Rapidez e conforto – As ligações de Jardim para o restante do Estado também mudaram. É o caso das linhas para Campo Grande. Os estudos detalhados que antecederam a proposta do novo modelo de transporte mostraram que linhas diretas de cada um dos municípios até a Capital muitas vezes tornavam-se cansativas e demoradas para o passageiro, e economicamente inviáveis para a transportadora.
Desde 27 de setembro, este deslocamento mudou: cada município tem linhas até o pólo regional (Jardim), de onde partem novas linhas diretamente para a Capital. O tempo de espera entre a chegada de todos os ônibus para transbordo deve ser entre aproximadamente 10 a 20 minutos em média, e, mesmo assim, a viagem pode ser em torno de até 1 hora e meia mais rápida. A troca de bagagens entre os carros é feita pela transportadora.
O transbordo acontece também nas linhas saindo de Jardim para outras regiões do Estado, onde futuramente as principais cidades também serão transformadas em pólos, como Dourados e Ponta Porã.
Para garantir o conforto durante o transbordo, o terminal rodoviário de Jardim ganhou uma Sala do Passageiro, equipada com ar condicionado; TV; serviços de água, café e sanitários. A preparação de pessoal para prestar atendimento e informação aos usuários do novo sistema teve atenção especial. Desde motoristas e cobradores às atendentes da Sala do Passageiro, é possível sentir a diferença na qualidade da viagem.
A transportadora Cruzeiro do Sul, que opera na região, informatizou todo o processo de reserva e venda de passagens, interligando suas unidades em cada município. Isto permite ao usuário reservar ou adquirir seu bilhete onde quer que esteja, com lugar assegurado na linha e horário escolhidos. O Estado também ganha com a modernização, contando com informações mais precisas para recolhimento dos tributos devidos.
Visual Padrão – Outra novidade claramente identificada é no visual dos ônibus. As linhas agora têm nomes e imagens de animais, plantas e ícones culturais de Mato Grosso do Sul.
Na região de Jardim, a linha Guavira faz a ligação entre as cidades.
De lá para a Capital, o usuário tem duas opções: a linha Onça, com paradas ao longo do percurso para embarques e desembarques; e a linha Nativa, de viagem mais rápida, só parando nos terminais rodoviários de duas cidades antes de chegar ao destino.
O uso de outros elementos da fauna, da flora e da cultura será adotado em todos os pólos regionais previstos no novo modelo de transporte. São ao todo nove pólos, mais o pólo Central (região de Campo Grande). A implantação será gradual, ao longo de aproximadamente dozes meses.