23/11/2004 11h24 – Atualizado em 23/11/2004 11h24
Terras MS
As doenças infecciosas no mundo globalizado serão um dos temas do 2º Congresso de Infectologia do Cone Sul, a ser realizado entre os dias 02 e 04 de dezembro, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
O aquecimento global, até o final do século 21, criará condições para o aumento das doenças de transmissão hídrica e alimentar, além de favorecer a ocorrência de doenças tropicais em áreas onde não se registravam casos. As infecções tradicionais serão substituídas por novas. Neste sentido, a humanidade terá sempre de esperar o inesperado.
De acordo com o Dr. Henrique Lecour, professor Catedrático da Faculdade de Medicina do Porto, em Portugal, cerca de 15 milhões de pessoas morreram em todo o mundo, por conta das doenças infecciosas. Pneumonia, AIDS, tuberculose, malária, encabeçam a lista das principais causas de morte.
O incremento de movimentos migratórios faz com que as doenças infecciosas – principalmente as de elevado contágio como a gripe – se tornem generalizadas. As moléstias sexualmente transmissíveis também são exemplos de globalização das enfermidades. No entanto, segundo o médico, as zoonoses continuam a ter uma incidência predominantemente regional. “O mesmo acontece com as infecções pela falta de higiene nos países de Terceiro Mundo, que não encontram espaço para a disseminação em países desenvolvidos pelo seu elevado nível sanitário”, diz Lecour.
A melhoria das condições sócio-econômicas das populações, os investimentos em saneamento básico, a segurança alimentar e os programas de imunização, constituem grandes medidas para a redução do número de infecções que acometem a humanidade




