25/11/2004 08h45 – Atualizado em 25/11/2004 08h45
Conesul News
A China tornou-se o inimigo comum dos empresários brasileiros e argentinos que temem uma avalanche de produtos chineses em ambos mercados. Pela primeira vez, desde a criação do Mercosul, os empresários dos dois países deixaram de lado suas rusgas internas sobre o comércio bilateral para unir forças contra os acordos assinados por seus governos com a China.
Essa foi a proposta que o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, levou debaixo do braço para a reunião, ontem à noite, na sede da embaixada brasileira em Buenos Aires, com o chanceler Celso Amorim, e depois, na chancelaria argentina, com os empresários da União Industrial Argentina (UIA) e o chanceler Rafael Bielsa, no âmbito da Coalizão Empresarial Argentina-Brasil
“Não devemos bater cabeça entre a gente. A ameaça está lá fora, na China”, apelou Skaf, antes de entrar para a reunião. Ele afirmou que no atual cenário, a Argentina e o Brasil precisam deixar de lado os conflitos internos. “Nosso problema não é Brasil e Argentina mas terceiros países. Então temos de deixar nossos problemas de lado porque o foco tem de ser diferente para o bem do Mercosul, do Brasil e da Argentina”, destacou o empresário, quem mostrou-se bastante preocupado com os acordos comerciais entre o Brasil e a China. “Essa questão da China merece luz vermelha porque as importações brasileiras da China vão aumentar e não serão de manufaturados porque a China quer exportar produto de valor agregado”, advertiu.




