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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Cerca elétrica se populariza em MT

29/11/2004 09h57 – Atualizado em 29/11/2004 09h57

Diário de Cuiabá

A cerca elétrica se popularizou na Grande Cuiabá. Por causa da violência, o produto, que antes era restrito às cassas de classe média e alta, está chegando aos bairros periféricos e protegendo imóveis mais simples, em ruas sem asfalto. De acordo com cálculos de empresas credenciadas, somente a capital instala um quilômetro de cerca elétrica por dia. Nesse ritmo, ao final de um ano, daria para ligar Cuiabá a Lucas do Rio Verde. Essa distância seria maior caso Várzea Grande fosse computada.

Bairros como Jardim Industriário, Doutor Fábio, Três Barras e Pedra 90 já possuem casas com cerca elétrica e a tendência é aumentar. Cansados de esperar pela ação da polícia, os moradores resolveram pagar para se livrar da violência. Como não podem contratar seguranças, estão adquirindo um equipamento que até há alguns anos era comprado apenas pelos mais abastados.

Em bairros de classe média, como Boa Esperança e Jardim Tropical, grande parte das casas estão protegidas. Este último é vizinho do bairro São Mateus, onde vários jovens e adolescentes foram flagrados tentando arrombar as casas. Um morador do Tropical disse que, após colocar a cerca, nunca mais foi “visitado”.

“Aqui no Boa Esperança, em quase todas as casas já colocaram. Isso é uma maravilha. Resolve o problema de invasão”, observou uma moradora que instalou a cerca elétrica há mais de um ano. Ela disse que não se arrependeu.

Quem montou uma cerca elétrica em sua casa, independente da localização, também concorda. São pessoas que trabalham o dia todo fora e deixam a casa vazia. Adolescentes e jovens usuários de drogas aproveitam da situação para arrombar e furtar desde eletroeletrônicos como DVD, aparelho de som, TV ou ainda jóias, dinheiro e até roupas. Os produtos são vendidos ou simplesmente trocados por drogas nas “bocas-de-fumo”.

São casos como da secretária Andréia Rodrigues da Silva, do Jardim Panorama, um bairro afastado do centro. Ela foi trabalhar e ao retornar, teve a porta dos fundos arrombada por bandidos que levaram o liqüidificador e o espremedor de frutas.

Mas casas em bairros de classe alta como o Santa Rosa também são alvo dos ladrões. A residência do vendedor Alaor Fernandes Filho, de 36 anos, por exemplo, foi arrombada em setembro e ele teve um grande prejuízo.

Ladrões fizeram uma verdadeira mudança levando um CPU, um videocassete, um notebook (computador portátil), jóias, anel, brinco e uma corrente de ouro. O assalto foi percebido no período da tarde, no momento a vítima chegou em sua residência, localizada na rua Inglaterra.

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