01/12/2004 17h17 – Atualizado em 01/12/2004 17h17
Agora MS
O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, pode ter sido beneficiado na lavagem de dinheiro no BCN de Ponta Porã, desviando cerca de R$ 1 bilhão. O nome do político aparece em vários trechos da sentença proferida ontem pelo juiz federal Odilon de Oliveira, que condena cinco envolvidos a 179 anos de prisão (juntos).
Consta nos autos que Gregória Éster Roa e Rodolfo Castro Filho, que figuram como “laranjas”, teriam lavado a quantia entre julho de 94 e novembro de 96 para Paulo Maluf, então prefeito da capital paulista. O dinheiro teria sido desviado de quatro obras, entre elas o túnel Ayrton Senna e a avenida Águas Espraiadas. Conforme Oliveira, existem “bons indícios” de que o político esteja envolvido num dos maiores crimes contra o sistema financeiro nacional.
Na decisão, a Justiça Federal também aponta coincidências envolvendo o esquema realizado em Ponta Porã e o desvio de verbas durante o governo do presidente Fernando Collor de Mello, atribuído ao então tesoureiro Paulo César Farias.
O ex-gerente do banco BCN, hoje pertencente ao grupo Bradesco, Elesbão Lopes Carvalho Filho, foi condenado ontem a 132 anos de prisão pela remessa ilegal de mais de R$ 3 bilhões ao Paraguai, Uruguai e Estados Unidos. O ex-gerente comandou a agência do banco BCN em Ponta Porã no período entre 1992 e 1998.




