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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Mato Grosso é o segundo no Brasil em mão-de-obra escrava

02/12/2004 08h39 – Atualizado em 02/12/2004 08h39

ABR

A coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Patrícia Audi, disse hoje que o Maranhão é campeão no aliciamento de mão-de-obra escrava, pois a maior parte dos escravos contemporâneos no Brasil é oriunda desse Estado, mas “o campeão dessa vergonha, infelizmente, é o Pará, seguido do Mato Grosso e em seguida vem o Maranhão”.

Em entrevista ao programa “Amazônia Brasileira”, da Rádio Nacional da Amazônia, Patrícia disse que o trabalhador que é induzido a um emprego não remunerado, nem sempre sabe ler ou escrever. De acordo com Patrícia Audi, essas pessoas ficam, muitas vezes, devendo o transporte e a comida e passam meses trabalhando sem receber nada. “Essas pessoas simplesmente não vão mais poder sair dessas fazendas, não vão mandar dinheiro para casa e muitas vezes morrem tentando fugir”, explica.

Segundo Patrícia Audi, é difícil evitar que a migração aconteça. Ela explica que o trabalhador deve tomar cuidados ao aceitar qualquer tipo de convite, principalmente ao deixar o estado onde vive sem saber exatamente qual é o endereço da fazenda onde vai trabalhar.

“Use do seu direito de trabalhador, vá sempre com a carteira assinada, comunique à Delegacia Regional do Trabalho e só saia com o contrato de trabalho assinado”, alertou a coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da OIT.

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