14/12/2004 07h41 – Atualizado em 14/12/2004 07h41
O Dia
A partir de 2006, jovens desempregados terão prioridade para ingressar nas fileiras militares na época do alistamento, feito, anualmente, em março e agosto em todo o País. A orientação faz parte do Plano Geral de Convocação para o Serviço Militar Inicial nas Forças Armadas publicado ontem no Diário Oficial da União.
De acordo com a Portaria Normativa 1.391, foi recomendado aos comandos regionais que na seleção do novo efetivo seja dada preferência para o jovem que ainda não conseguiu ingressar no mercado de trabalho formal em detrimento dos que têm carteira assinada. Segundo o texto, respeitados os critérios adotados para a incorporação, o processo de seleção será feito “dispensando, em princípio, os formalmente empregados”.
A recomendação da Defesa faz parte de um pacote de projetos sociais da União. Em agosto deste ano, por exemplo, as Forças Armadas incorporaram grupamento especial de 30 mil recrutas. Eles fazem parte do programa Primeiro Emprego do Governo federal. Durante o ano, a Defesa oferece aos recrutas oportunidade de participação em cursos profissionalizantes, no projeto Soldado Cidadão. A intenção é ajudar recrutas a buscar vaga no mercado formal de trabalho após o serviço militar, já que a iniciativa é para jovens com previsão de baixa dos quartéis até julho de 2005.
De acordo com cálculos do Ministério da Defesa, a procura de jovens pelo serviço militar ultrapassa a capacidade de absorção dos quartéis. Em média, 1,5 milhão de jovens se apresenta para o alistamento. Este ano, foram incorporados 100 mil, somando o grupamento especial. A previsão para o ano que vem é que sejam incoporados 110 mil recrutas. A maioria presta serviço ao Exército: 89%. A Aeronáutica fica com 8% dos alistados e a Marinha com 3%. Os números oficiais serão liberados somente em janeiro.



